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27/01/2001 - 04h11

Revelação "Donnie Darko" é difícil de catalogar

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da Folha de S.Paulo

A versão 2001 do Sundance pode não ter dado um substituto à altura de "Bruxa de Blair", mas revelou um ótimo mix de "Beleza Americana" e "Poltergeist".

"Donnie Darko", primeiro filme de Richard Kelly, competindo na mostra dramática, é difícil de catalogar. Mas fácil de assistir, graças a um roteiro ousado e com humor. A história é um quebra-cabeça que retrata a vida suburbana do americano médio com muito tempero sobrenatural.

Donnie é Donald Darko, um adolescente desajustado, quase esquizofrênico, que vê um monstruoso coelho gigante que tenta mantê-lo sob sua influência. Toda vez que cumpre uma ordem do bicho, alguma coisa terrível acontece. Fora da órbita de Frank, o roedor medonho, Donnie é doce e inofensivo.

Mas sofre de sonambulismo. Por isso faz terapia constantemente e toma tranquilizantes. A parte fantástica do filme começa com um episódio assustador -a turbina de um avião destrói o teto da casa dos Darko.

A partir daí, Donnie entra num duelo com seus demônios -os reais, os fictícios e alguns ainda não-revelados. E a trama do filme não pára de acrescentar elementos, como viagem no tempo, gurus fundamentalistas, destino, pornografia infantil...

A platéia não relaxa nunca, nem quando ri (de puro nervosismo). O desconforto de quem assiste reflete o desconforto do protagonista. E o gozo final, há um gozo final, não pode custar mais caro.
(SD)
 

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