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18/08/2003 - 17h39

47% das micro e pequenas empresas paulistas estão informatizadas

da Folha Online

Na última década, o nível de informatização das micro e pequenas empresas do Estado de São Paulo passou de 19% para 47%, segundo o levantamento realizado pelo Sebrae-SP (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo).

De acordo com o Sebrae-SP, mais da metade --61%-- das pequenas indústrias estão informatizadas. No setor de serviços e comércio, 47% e 43% das empresas, respectivamente, têm pelo menos um microcomputador.

Intitulado "Informatização nas Micro e Pequenas Empresas", o estudo apontou metade das empresas informatizadas possui apenas um microcomputador. Nessas companhias, as atividades mais realizadas são a criação de cadastro de clientes (81%), elaboração de documentos (72%) e acesso, pela internet, a serviços de bancos, provedores e governo (66%).

Questões gerenciais, como o controle de estoques (56%), folha de pagamentos (51%) e automação de processos (48%) também estão entre as atividades para as quais os computadores são usados nessas empresas.

Desnecessária

Das micro e pequenas empresas não-informatizadas (53%), cerca de 65% delas afirmaram não ver real necessidade ou benefício nessa ferramenta.

José Luiz Ricca, diretor-superintendente do Sebrae-SP, disse que esses dados demonstram que alguns empresários ainda desconhecem os benefícios que a informatização pode trazer para o dia-a-dia de seus negócios.

"O controle mais apurado dos estoques pode gerar reduções significativas de custos, a utilização do cadastro dos clientes permite adotar estratégias mais agressivas de comercialização, a projeção de receitas e despesas futuras possibilita uma ação mais eficiente, evitando dificuldades financeiras. Estar informatizado é o que faz a diferença no quesito competitividade", explica o diretor.

Acesso à internet

O estudo identificou ainda que 54% das empresas entrevistadas acessam a internet, seja na empresa com micro (38%), fora da empresa com equipamento próprio (4%) ou fora da empresa sem microcomputador (12%).

Dentre as principais finalidades da conexão à web estão os serviços bancários, acesso a notícias e sites públicos (83%), e-mails (83%), pesquisa de preços e fornecedores (57%).

O comércio virtual ainda não é explorado pela maioria dessas empresas: apenas 16% das que navegam na internet vendem seus produtos e serviços pela rede e 23% compram mercadorias e matéria-prima por intermédio da internet.

Dos endereços mais visitados pelas pequenas empresas com acesso próprio à internet, os bancos saem na frente (49%), seguidos dos sites de provedores de internet (30%), serviços públicos (15%) e notícias (6%).

Para o coordenador da pesquisa, Marco Aurélio Bedê, os empresários utilizam na internet os sites que efetivamente oferecem serviços que proporcionam ganhos.

"Por exemplo, para realizar uma movimentação financeira ou pagamento, não é preciso mais entrar em uma fila no banco. A emissão gratuita de certidões negativas de débito, através do acesso a sites de órgãos públicos, e a entrega das declarações do imposto de renda são outras facilidades que foram bem absorvidas", avalia Bedê.

Informatização por setores

Entre as empresas analisadas pelo Sebrae-SP, os segmentos de transformação da borracha e plásticos lideram o setor industrial, chegando ao índice de 95% de informatização. Atrás deles estão as empresas de máquinas e equipamentos (cerca de 80%).

No comércio, farmácias e perfumarias chegam a 80% de informatização, com destaque também para os segmentos de autopeças, lojas de material de construção e livrarias.

Entre as empresas de serviços, as companhias de aluguel de veículos, máquinas e objetos pessoais têm suas atividades totalmente informatizadas, ao lado, claro, das empresas de informática. Imobiliárias, com 90%, e agências de viagem, com mais de 75%, superam a média do setor, que é de 47%.

Já entre as atividades menos informatizadas estão as lanchonetes (12%). Na indústria, empresas de couro e calçados são as que menos fazem uso da informatização em suas atividades, segundo o Sebrae-SP.

Investimentos futuros

Estruturar ou aperfeiçoar o parque de informática não está, nesse momento, nos planos da maioria das micro e pequena empresas: 49% não pretendem realizar nenhum investimento este ano, alegando que não vêem necessidade (35%), por falta de recursos (31%) ou porque os equipamentos atuais já satisfazem suas necessidades (25%).

De acordo com o estudo, 19% das empresas ouvidas têm planos de investir na informatização de suas atividades. Dessas, 73% pretendem adquirir mais computadores ou aprimorar as máquinas que já possuem, 26% dizem que vão empregar dinheiro em software, 22% em impressoras e 17% em outros periféricos.

Mais usados

O sistema operacional Windows, da Microsoft, está presente em 95% dos microcomputadores. Ainda no que diz respeito a software, programas como editores de texto e planilhas eletrônicas são os mais utilizados, presentes em 80% e 70% das empresas, respectivamente.

Já com relação ao hardware, o Sebrae-SP identificou computadores com os processadores Pentium 1, 2 e 3 como os mais usados, adotados por 53% das empresas informatizadas.

A pesquisa do Sebrae-SP ouviu 1.163 estabelecimentos de micro e pequeno porte em 41 municípios paulistas. O objetivo do trabalho é identificar o grau de informatização e de acesso à internet dessas empresas, bem como suas perspectivas de investimentos.
 

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