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Rebolado e chutes comandam games sem usar controles
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THÉO AZEVEDO
enviado especial da Folha de S.Paulo a Los Angeles
O Wii, com seus jogos acionados pelos movimentos de controles remotos, ganhou público em todas as idades e, a partir de 2010, terá também concorrência. Na trilha do aparelho da Nintendo, Microsoft e Sony apresentaram na E3 tecnologias que permitem usar o corpo para diretamente interagir com os jogos eletrônicos.
O Project Natal, da Microsoft, tem, de longe, a técnica mais impressionante: trata-se de um periférico para o Xbox 360 que, por meio de vários sensores, transforma o jogador em controle. Isso mesmo: sem nenhum tipo de joystick, a interação com os jogos acontece na forma de gestos e palavras.
Fred Prouser/Reuters |
Demonstração do Project Natal, que permite usar movimentos do jogador em games |
Já o sistema de reconhecimento de gestos apresentado pela Sony para o PS3 interage com a PlayStation Eye, câmera do console. O jogador segura um ou dois dispositivos que lembram uma caneta com esferas de cores berrantes nas pontas (não deve ser o design final), e o jogo transforma o controle em objetos distintos na tela. Raquete, espada e taco de golfe são algumas das possibilidades.
A Nintendo, por sua vez, parece não pretender deitar nos louros dos 50 milhões de unidades de Wii vendidas. Já leva às lojas o periférico MotionPlus. Ele torna o Wii Remote sensível ao ângulo de inclinação. Funciona bem e começa a ser vendido nesta semana, nos EUA, por US$ 25.
Fred Prouser/Reuters |
Jovem demonstra protótipo da Sony para detecção de movimentos dos jogadores |
A empresa tem ainda o misterioso Vitality Sensor, mostrado rapidamente na conferência da companhia. Ele promete ser capaz de detectar o estado de espírito do jogador e usar tais dados para interagir em jogos e experiências com software.
Sabor brasileiro
Nomeado em homenagem à capital do Rio Grande do Norte, terra de um dos desenvolvedores da tecnologia, o Project Natal (nome ainda não definitivo) dividiu opiniões.
O site CNET disse que, nos vídeos divulgados pela Microsoft, a tecnologia parece ficção científica. Na prática, porém, está bem aquém disso, lembrando uma simples câmera com detecção de movimentos.
Já a revista "Time" encheu o Natal de elogios, dizendo que a tecnologia é impressionante e inacreditável.
A Nintendo, por outro lado, não perdeu a oportunidade de cutucar os concorrentes: "Eles [Sony e Microsoft] estão tentando fazer controles de movimento de maneiras que são bastante caras, que ainda não foram comprovadas e que ainda não estão no mercado", disse Reggie Fils-Aime, que dirige a companhia nos EUA.
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