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03/04/2002
-
04h07
ANNE EISENBERG
do "The New York Times/Circuits"
Um macaco Rhesus no laboratório da Universidade Brown pode mover um cursor na tela de um computador utilizando apenas seu pensamento. Brincando com um jogo do tipo pinball, o macaco move o cursor toda vez que o alvo, vermelho, surge na tela -e o move rapidamente e certeiramente.
O macaco não consegue essa proeza usando um mouse ou um joystick. Ele joga com a mente, decidindo a direção que o cursor deve tomar pelo pensamento. O videogame -pinball- que o macaco jogou pode ser visto em http://donoghue.neuro.brown.edu/multimedia.php.
Esta, porém, não é a história de um macaco com poderes psíquicos ou de um projeto de pesquisa destinado a ensinar símios a jogar pinball. O projeto é o último de uma série de experimentos sobre a interação entre cérebro e máquina, ramo no qual os pesquisadores "escutam" o cérebro enquanto ele está em ação e depois escrevem programas de computador que conseguem traduzir aqueles pensamentos em movimentos específicos.
Os pesquisadores acreditam que tais programas podem, um dia, ajudar pessoas paralisadas; elas poderiam utilizar seus pensamentos para controlar pernas e braços mecânicos ou comandar cursores na tela para escrever e-mails e navegar na internet.
O experimento, que foi destaque na revista "Nature", foi dirigido por John P. Donoghue, professor de neurociência que comanda o programa de ciência do cérebro na Universidade Brown.
"Pesquisadores sempre souberam que as pessoas, via de regra, pensam sobre onde querem colocar suas mãos antes de as moverem", disse Donoghue. "Nós objetivamos essa parte do cérebro."
No experimento, do qual participaram três macacos, um time de pesquisadores implantou um pequeno conjunto de cem eletrodos em miniatura no córtex motor -a parte do cérebro que fica imediatamente abaixo do crânio, e que comanda o movimento dos braços. Depois, eles passaram os fios dos eletrodos através de um buraco no crânio e os conectaram a um computador.
Quando os macacos jogaram pinball, seus cérebros fizeram sinais característicos, que foram gravados à medida que os neurônios funcionavam próximos aos eletrodos. O time de pesquisadores escreveu um programa que equacionava os padrões complexos dos neurônios dos macacos aos movimentos equivalentes de seus braços, enquanto eles moviam os cursores.
Depois, os cientistas conseguiram emitir um sinal que traduziu os pensamentos em movimentos do joystick. Quando o macaco pensava numa ação, o cursor se movia para concretizá-la. Os eletrodos abrangeram cerca de 30 neurônios, e foram necessários pouco mais de três minutos para se formar um padrão na experiência.
Cérebro de macacos controla jogo
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do "The New York Times/Circuits"
Um macaco Rhesus no laboratório da Universidade Brown pode mover um cursor na tela de um computador utilizando apenas seu pensamento. Brincando com um jogo do tipo pinball, o macaco move o cursor toda vez que o alvo, vermelho, surge na tela -e o move rapidamente e certeiramente.
O macaco não consegue essa proeza usando um mouse ou um joystick. Ele joga com a mente, decidindo a direção que o cursor deve tomar pelo pensamento. O videogame -pinball- que o macaco jogou pode ser visto em http://donoghue.neuro.brown.edu/multimedia.php.
Esta, porém, não é a história de um macaco com poderes psíquicos ou de um projeto de pesquisa destinado a ensinar símios a jogar pinball. O projeto é o último de uma série de experimentos sobre a interação entre cérebro e máquina, ramo no qual os pesquisadores "escutam" o cérebro enquanto ele está em ação e depois escrevem programas de computador que conseguem traduzir aqueles pensamentos em movimentos específicos.
Os pesquisadores acreditam que tais programas podem, um dia, ajudar pessoas paralisadas; elas poderiam utilizar seus pensamentos para controlar pernas e braços mecânicos ou comandar cursores na tela para escrever e-mails e navegar na internet.
O experimento, que foi destaque na revista "Nature", foi dirigido por John P. Donoghue, professor de neurociência que comanda o programa de ciência do cérebro na Universidade Brown.
"Pesquisadores sempre souberam que as pessoas, via de regra, pensam sobre onde querem colocar suas mãos antes de as moverem", disse Donoghue. "Nós objetivamos essa parte do cérebro."
No experimento, do qual participaram três macacos, um time de pesquisadores implantou um pequeno conjunto de cem eletrodos em miniatura no córtex motor -a parte do cérebro que fica imediatamente abaixo do crânio, e que comanda o movimento dos braços. Depois, eles passaram os fios dos eletrodos através de um buraco no crânio e os conectaram a um computador.
Quando os macacos jogaram pinball, seus cérebros fizeram sinais característicos, que foram gravados à medida que os neurônios funcionavam próximos aos eletrodos. O time de pesquisadores escreveu um programa que equacionava os padrões complexos dos neurônios dos macacos aos movimentos equivalentes de seus braços, enquanto eles moviam os cursores.
Depois, os cientistas conseguiram emitir um sinal que traduziu os pensamentos em movimentos do joystick. Quando o macaco pensava numa ação, o cursor se movia para concretizá-la. Os eletrodos abrangeram cerca de 30 neurônios, e foram necessários pouco mais de três minutos para se formar um padrão na experiência.
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