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15/12/2006
-
12h07
da Folha Online
Membros dos partidos e grupos armados palestinos Fatah e Hamas trocaram tiros nas ruas da Cidade de Gaza e de Ramallah, na Cisjordânia, nesta sexta-feira, um dia depois que homens armados atacaram o comboio do premiê palestino, Ismail Haniyeh (Hamas), matando um segurança.
Segundo o jornal israelense "Haaretz", ao menos 30 pessoas ficaram feridas na troca de tiros, algumas deles com gravidade.
A onda de violência ocorre pouco antes da celebração do 19º aniversário do Hamas, em Gaza.
Os confrontos em Ramallah tiveram início quando membros do Fatah e do Hamas trocaram tiros nas ruas. Forças de segurança ligadas a Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), usaram cassetetes contra seguidores do Hamas antes da troca de tiros,
Em uma demonstração de força, o Hamas havia destacado seguidores armados com rifles automáticos e granadas em pontos estratégicos da faixa de Gaza na manhã de hoje.
Os confrontos ocorreram a um quarteirão de distância do escritório de Mohammed Dahlan, um dos líderes do Fatah, acusado pelo Hamas de ter orquestrado o ataque de ontem contra Haniyeh, quando o premiê voltava de uma viagem pelo Oriente Médio que visava arrecadar verbas para a ANP, imersa em grave crise financeira após o boicote econômico imposto pelos EUA, Israel, União Européia e outros países ocidentais.
Um dos seguranças de Haniyeh morreu no ataque a tiros e cerca de 15 pessoas --entre elas, o filho de Haniyeh, Abdel Salam, 26, e seu assessor político, Ahmed Yousef-- ficaram feridos.
O atentado agravou a crise entre os rivais Hamas e Fatah, aumentando o risco de conflito civil.
Dinheiro
O ataque a tiros contra o comboio de Haniyeh ocorreu no momento em que o premiê palestino ficou detido na passagem de Rafah, entre Egito e Gaza, por mais de sete horas.
Israel fechou a passagem para impedir que ele retornasse a Gaza com US$ 35 milhões em malas, originários de doações do Irã e de outros países muçulmanos. Após horas de espera, Haniyeh pôde entrar em Gaza na noite de ontem, mas teve de deixar o dinheiro no Egito.
Em seguida, centenas de seguidores do Hamas invadiram o terminal. Começou então um intenso tiroteio com membros da Guarda Presidencial, leal a Abbas --do Fatah.
A imprensa israelenses disse que Haniyeh e o Hamas destinariam o dinheiro a suas forças militares, como forma de consolidar o atual governo. Segundo fontes palestinas, Abbas pode anunciar neste sábado uma consulta popular para antecipar as eleições em Gaza e na Cisjordânia.
O porta-voz do Hamas, Fawzi Barhoum, afirmou que o ataque foi uma tentativa de assassinato contra Haniyeh e apontou as forças de segurança ligadas ao Fatah como responsáveis.
"A Guarda Presidencial controla o lado palestino [da fronteira]. Não há grupos armados na região. Ela é a responsável pela segurança na fronteira", afirmou Barhoum. "Foi uma clara tentativa de assassinato".
Segundo Wael Dahab, porta-voz da Guarda Presidencial, havia muitos homens armados na área no momento do ataque e era "difícil controlar a situação". "Nossos homens não deram início aos tiros, não dispararam, mas havia muitas pessoas carregando armas", afirmou.
O presidente da ANP lamentou o incidente.
Especial
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Confrontos entre Hamas e Fatah ferem ao menos 30 em Gaza
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Membros dos partidos e grupos armados palestinos Fatah e Hamas trocaram tiros nas ruas da Cidade de Gaza e de Ramallah, na Cisjordânia, nesta sexta-feira, um dia depois que homens armados atacaram o comboio do premiê palestino, Ismail Haniyeh (Hamas), matando um segurança.
Segundo o jornal israelense "Haaretz", ao menos 30 pessoas ficaram feridas na troca de tiros, algumas deles com gravidade.
A onda de violência ocorre pouco antes da celebração do 19º aniversário do Hamas, em Gaza.
Ammar Awad/Reuters |
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Partidário do Fatah se confronta com seguidor do Hamas em Gaza |
Em uma demonstração de força, o Hamas havia destacado seguidores armados com rifles automáticos e granadas em pontos estratégicos da faixa de Gaza na manhã de hoje.
Os confrontos ocorreram a um quarteirão de distância do escritório de Mohammed Dahlan, um dos líderes do Fatah, acusado pelo Hamas de ter orquestrado o ataque de ontem contra Haniyeh, quando o premiê voltava de uma viagem pelo Oriente Médio que visava arrecadar verbas para a ANP, imersa em grave crise financeira após o boicote econômico imposto pelos EUA, Israel, União Européia e outros países ocidentais.
Um dos seguranças de Haniyeh morreu no ataque a tiros e cerca de 15 pessoas --entre elas, o filho de Haniyeh, Abdel Salam, 26, e seu assessor político, Ahmed Yousef-- ficaram feridos.
O atentado agravou a crise entre os rivais Hamas e Fatah, aumentando o risco de conflito civil.
Dinheiro
O ataque a tiros contra o comboio de Haniyeh ocorreu no momento em que o premiê palestino ficou detido na passagem de Rafah, entre Egito e Gaza, por mais de sete horas.
Israel fechou a passagem para impedir que ele retornasse a Gaza com US$ 35 milhões em malas, originários de doações do Irã e de outros países muçulmanos. Após horas de espera, Haniyeh pôde entrar em Gaza na noite de ontem, mas teve de deixar o dinheiro no Egito.
Em seguida, centenas de seguidores do Hamas invadiram o terminal. Começou então um intenso tiroteio com membros da Guarda Presidencial, leal a Abbas --do Fatah.
A imprensa israelenses disse que Haniyeh e o Hamas destinariam o dinheiro a suas forças militares, como forma de consolidar o atual governo. Segundo fontes palestinas, Abbas pode anunciar neste sábado uma consulta popular para antecipar as eleições em Gaza e na Cisjordânia.
O porta-voz do Hamas, Fawzi Barhoum, afirmou que o ataque foi uma tentativa de assassinato contra Haniyeh e apontou as forças de segurança ligadas ao Fatah como responsáveis.
"A Guarda Presidencial controla o lado palestino [da fronteira]. Não há grupos armados na região. Ela é a responsável pela segurança na fronteira", afirmou Barhoum. "Foi uma clara tentativa de assassinato".
Segundo Wael Dahab, porta-voz da Guarda Presidencial, havia muitos homens armados na área no momento do ataque e era "difícil controlar a situação". "Nossos homens não deram início aos tiros, não dispararam, mas havia muitas pessoas carregando armas", afirmou.
O presidente da ANP lamentou o incidente.
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