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11/01/2007
-
09h31
da Efe em Adis-Abeba
da Folha Online
O ex-ditador etíope Mengistu Haile Mariam, 69, foi condenado nesta quinta-feira à prisão perpétua por um tribunal etíope pelas atrocidades cometidas durante seu regime militar-marxista (1977-1991), conhecido como o "Terror Vermelho".
Mariam e outros 11 réus, membros do organismo executivo da ditadura, foram considerados culpados de genocídio, homicídio, encarceramento ilegal e confisco ilegal de propriedade privada pelo Tribunal Federal Superior da Etiópia em 12 de dezembro.
O processo judicial durou 12 anos --começou em 13 de dezembro de 1994--, período no qual as audiências foram adiadas várias vezes, a pedido tanto da defesa como da Promotoria.
Ele foi julgado à revelia ao lado de 73 acusados, dos quais 14 morreram desde o início do julgamento e apenas 34 estavam presentes na sala. Todos os acusados receberam a mesma pena, exceto quatro --dois que foram sentenciados a 25 anos de prisão e outros dois, a 23 anos.
O ex-ditador vive exilado no Zimbábue e era um dos chefes do levante militar que depôs, em setembro de 1974, o imperador Haile Selassie.
Em fevereiro de 1977, ocupou pessoalmente a chefia do Estado após eliminar seus ex-colegas e rivais no Conselho Administrativo Provisório Militar (Dergue).
Ditadura
Durante a sangrenta expurgação feita por ele no Exército e entre os membros da oposição política civil, calcula-se que cerca de 2.000 pessoas tenham sido assassinadas e 200 continuam desaparecidas.
Durante o "Terror Vermelho", cujo período mais brutal foi entre 1977 e 1978, milhares de pessoas foram torturadas e os corpos de centenas apareceram jogados nas ruas de Adis-Abeba e outras cidades etíopes.
Mariam e seus 11 aliados também são acusados do assassinato de Haile Selassie, que foi estrangulado em seu próprio leito e teve seu corpo enterrado sob um banheiro no palácio real.
Sessenta funcionários, ministros e membros da família real etíope foram fuzilados publicamente.
O ex-ditador se manteve no poder graças ao apoio econômico e militar da ex-União Soviética, mas em 1991, após a queda do regime marxista do Kremlin e diante do avanço de grupos rebeldes liderados pelo atual primeiro-ministro etíope, Meles Zenawi, ele fugiu para o Zimbábue, onde o governo de Robert Mugabe lhe concedeu asilo político.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a Etiópia
Leia o que já foi publicado sobre genocídio
Etiópia condena ex-ditador à prisão perpétua por genocídio
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da Folha Online
O ex-ditador etíope Mengistu Haile Mariam, 69, foi condenado nesta quinta-feira à prisão perpétua por um tribunal etíope pelas atrocidades cometidas durante seu regime militar-marxista (1977-1991), conhecido como o "Terror Vermelho".
Mariam e outros 11 réus, membros do organismo executivo da ditadura, foram considerados culpados de genocídio, homicídio, encarceramento ilegal e confisco ilegal de propriedade privada pelo Tribunal Federal Superior da Etiópia em 12 de dezembro.
O processo judicial durou 12 anos --começou em 13 de dezembro de 1994--, período no qual as audiências foram adiadas várias vezes, a pedido tanto da defesa como da Promotoria.
AP/Aris Saris |
Ex-ditador etíope Mengistu Haile Marian, condenado à prisão perpétua por genocídio |
O ex-ditador vive exilado no Zimbábue e era um dos chefes do levante militar que depôs, em setembro de 1974, o imperador Haile Selassie.
Em fevereiro de 1977, ocupou pessoalmente a chefia do Estado após eliminar seus ex-colegas e rivais no Conselho Administrativo Provisório Militar (Dergue).
Ditadura
Durante a sangrenta expurgação feita por ele no Exército e entre os membros da oposição política civil, calcula-se que cerca de 2.000 pessoas tenham sido assassinadas e 200 continuam desaparecidas.
Durante o "Terror Vermelho", cujo período mais brutal foi entre 1977 e 1978, milhares de pessoas foram torturadas e os corpos de centenas apareceram jogados nas ruas de Adis-Abeba e outras cidades etíopes.
Mariam e seus 11 aliados também são acusados do assassinato de Haile Selassie, que foi estrangulado em seu próprio leito e teve seu corpo enterrado sob um banheiro no palácio real.
Sessenta funcionários, ministros e membros da família real etíope foram fuzilados publicamente.
O ex-ditador se manteve no poder graças ao apoio econômico e militar da ex-União Soviética, mas em 1991, após a queda do regime marxista do Kremlin e diante do avanço de grupos rebeldes liderados pelo atual primeiro-ministro etíope, Meles Zenawi, ele fugiu para o Zimbábue, onde o governo de Robert Mugabe lhe concedeu asilo político.
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