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01/02/2007 - 14h38

Violência mata ao menos 27 em diversos ataques no Iraque

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da Folha Online

Ataques a bombas e lançamentos de morteiros mataram ao menos 27 pessoas em diferentes ações ocorridas no Iraque nesta quinta-feira, informaram fontes médicas e policiais.

Na mais recente ação, ao menos dez pessoas morreram e outras 15 ficaram feridas em um duplo atentado a bomba em um mercado popular de Hilla, 120 km ao sul de Bagdá.

A explosão atingiu o mercado ao ar livre de Maktabat no momento em que consumidores compravam alimentos. Um suicida detonou um cinto de explosivos no meio da multidão.

Em seguida, um segundo suicida detonou seu próprio cinto de explosivos, segundo a polícia.

Ceerwan Aziz /Reuters
Iraquianos observam ônibus após ataque em Bagdá; ao menos 27 morreram em explosões
Iraquianos observam ônibus após ataque em Bagdá; ao menos 27 morreram em explosões
Hilla foi cenário de um dos piores atentados durante o conflito no Iraque, quando um suicida em um carro-bomba matou 125 pessoas em 28 de fevereiro de 2005.

Anteriormente, a explosão de um carro-bomba estacionado em um ponto de ônibus próximo de uma área comercial movimentada perto do quarteirão Rusafi, na rua Rashid, no centro de Bagdá, matou ao menos seis pessoas e feriu outras 12 nesta quinta-feira.

Uma segunda bomba também atingiu o teto de um microônibus na área predominantemente xiita de Karradah, outro popular distrito comercial, matando seis pessoas e ferindo oito.

A bomba foi deixado por um passageiro que deixou o veículo pouco antes da explosão.
O ataque causou a formação de uma coluna de fumaça preta e destruiu o ônibus branco e azul, fazendo com que bancos saltassem para fora das ferragens do veículo.

"Nós ouvimos uma forte explosão e corremos para a rua. O ônibus pegava fogo e pessoas feridas pulavam para fora, caindo no chão", afirmou a testemunha Jamal Ali. "Eles pediam socorro, e alguns moradores os levaram até o hospital sem esperar pelas ambulâncias".

O atentado ocorreu horas depois que morteiros atingiram a região sunita de Azamiyah, matando ao menos cinco pessoas e ferindo 12, segundo fontes médicas.

Os morteiros atingiram um local a cerca de 1 km da famosa mesquita de Abu Hanifa.

"O que fizemos para sermos atacados desta foram todos os dias?", questionou Saad Abdul Karim, 50, cujo filho ficou ferido quando a casa da família foi atingida por um dos morteiros.

Festa xiita

Na última terça-feira (30), data que marcou o último dia da festividade religiosa da Ashura, uma das principais datas do calendário xiita, bombardeios e ataques tiveram como alvo os milhares de muçulmanos que participavam da celebração no Iraque

Ao menos 58 pessoas morreram no país. No pior ataque, um terrorista suicida detonou bombas no meio de uma multidão que entrava em uma mesquita xiita em Mandali (perto da fronteira com o Irã), matando 26 pessoas e deixando 47 feridas, de acordo com a polícia.

Outras 13 pessoas morreram e 28 ficaram feridas quando outra bomba explodiu entre xiitas que faziam rituais ao ar livre na cidade de Khanaqin, segundo a polícia.

Mortes de civis

Um total de 1.971 civis morreu por causa da violência no Iraque no mês passado, revelou nesta quinta-feira o Ministério do Interior iraquiano.

O número de iraquianos mortos em ataques violentos em janeiro supera em 60 o registrado em dezembro, o que indica que a violência sectária não diminuiu.

Segundo a ONU, mais de 34 mil civis morreram no Iraque no ano passado, embora as autoridades iraquianas reduzam para 16 mil o número de iraquianos mortos em 2006.

O Ministério do Interior informou ainda que 590 homens armados morreram em janeiro como conseqüência das operações militares realizadas conjuntamente pelas Forças de Segurança iraquianas e pelas tropas americanas.

O número inclui os 263 homens que morreram na semana passada nos combates registrados da cidade xiita de Najaf. Os mortos nesta operação pertenciam ao grupo Jund al Samaa [Exército do Céu], organização xiita até então desconhecida, que espera a chegada do 12º imame desaparecido no século 9, e cuja volta à Terra é vista como um símbolo de redenção.

Com agências internacionais

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