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16/10/2000
-
16h26
da France Presse
em Charm El Cheij (Egito)
A cúpula de Charm el Cheij (Egito), destinada a colocar fim nos enfrentamentos entre israelenses e palestinos, começou hoje com muitas divergências, enquanto a violência continuava nos territórios palestinos, deixando dois mortos e cerca de 60 feridos nesta segunda-feira.
Algumas horas depois do começo da cúpula, o ministro palestino de Cultura e Informação, Yasser Abed Rabbo, disse que até o momento não haviam realizado nenhum progresso.
O conselheiro israelense sobre segurança, Danny Yatom, declarou que as negociações atravessavam "complicações, dificuldades e divergências", sem entrar em detalhes sobre a crise.
O início da cúpula atrasou mais de uma hora porque palestinos e israelenses não chegavam a um acordo sobre a ordem do dia, segundo a fonte israelense.
A trabalhosa redação de um documento final também refletiu as dificuldades enfrentadas na cúpula. O ministro israelense dos Transportes e turismo, Amnon Lipkin-Shanak, anunciou à tarde que estava redatando um documento final e que "havia divergências muito importantes sobre a formulação do documento".
No final da tarde, P.J.Crowley, porta-voz da Casa Branca, anunciou que os ministros de Relações Exteriores israelense, palestino, norte-americano e egípcio suspenderam sua reunião, sem terminar a redação do documento final.
Logo em seguida, o presidente Bill Clinton iniciou uma reunião com o presidente da Autoridade Palestina, Iasser Arafat, depois de ter conversado com o primeiro-ministro israelense, Ehud Barak, durante mais de uma hora.
Na abertura da cúpula, Clinton lançou uma advertência ao afirmar que a reunião não poderia "fracassar porque o processo de paz e o futuro da região estão em jogo".
O presidente norte-americano definiu três objetivos para a cúpula: "pôr fim à violência e reestabelecer a cooperação em matéria de segurança; chegar a um acordo sobre uma investigação objetiva e honesta dos acontecimentos violentos das últimas semanas; e reativar o processo de paz."
A principal meta da cúpula, na qual também participam o presidente egípcio, Hosni Mubarak, o rei Abdalá 2 da Jordânia, o secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, e o alto representante para Política exterior da União Européia, Javier Solana, é colocar fim aos enfrentamentos entre israelenses e palestinos.
Nos territórios palestinos a violência recrudesceu hoje. Um adolescente e um policial palestinos morreram em confrontos com o Exército israelense e mais de 60 pessoas ficaram feridas, elevando para 109 o número de mortos e mais de 3.000 o de feridos _essencialmente palestinos_ desde o início dos enfrentamentos em 28 de setembro.
Durante uma entrevista de 75 minutos, Mubarak expôs a Barak as questões que foram debatidas na cúpula. "A retirada das tropas israelenses das para as posições que ocupavam antes do começo dos enfrentamentos e o levantamento do bloqueio dos territórios palestinos" segundo comunicado do governo israelense, publicado em Charm el Cheij.
Barak aceitou abordar essas questões "somente se a violência cessar e a Autoridade Palestina detiver os militantes (dos movimentos extremistas) do Hamas e do Jihad islâmico", opostos ao processo de paz.
Barak rechaçou novamente "qualquer comissão de investigação internacional" e assegurou que só aceitaria "uma comissão de estudo e investigação israelense-palestina sob supervisão dos EUA".
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Divergências dificultam cúpula entre Israel e palestinos no Egito
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em Charm El Cheij (Egito)
A cúpula de Charm el Cheij (Egito), destinada a colocar fim nos enfrentamentos entre israelenses e palestinos, começou hoje com muitas divergências, enquanto a violência continuava nos territórios palestinos, deixando dois mortos e cerca de 60 feridos nesta segunda-feira.
Algumas horas depois do começo da cúpula, o ministro palestino de Cultura e Informação, Yasser Abed Rabbo, disse que até o momento não haviam realizado nenhum progresso.
O conselheiro israelense sobre segurança, Danny Yatom, declarou que as negociações atravessavam "complicações, dificuldades e divergências", sem entrar em detalhes sobre a crise.
O início da cúpula atrasou mais de uma hora porque palestinos e israelenses não chegavam a um acordo sobre a ordem do dia, segundo a fonte israelense.
A trabalhosa redação de um documento final também refletiu as dificuldades enfrentadas na cúpula. O ministro israelense dos Transportes e turismo, Amnon Lipkin-Shanak, anunciou à tarde que estava redatando um documento final e que "havia divergências muito importantes sobre a formulação do documento".
No final da tarde, P.J.Crowley, porta-voz da Casa Branca, anunciou que os ministros de Relações Exteriores israelense, palestino, norte-americano e egípcio suspenderam sua reunião, sem terminar a redação do documento final.
Logo em seguida, o presidente Bill Clinton iniciou uma reunião com o presidente da Autoridade Palestina, Iasser Arafat, depois de ter conversado com o primeiro-ministro israelense, Ehud Barak, durante mais de uma hora.
Na abertura da cúpula, Clinton lançou uma advertência ao afirmar que a reunião não poderia "fracassar porque o processo de paz e o futuro da região estão em jogo".
O presidente norte-americano definiu três objetivos para a cúpula: "pôr fim à violência e reestabelecer a cooperação em matéria de segurança; chegar a um acordo sobre uma investigação objetiva e honesta dos acontecimentos violentos das últimas semanas; e reativar o processo de paz."
A principal meta da cúpula, na qual também participam o presidente egípcio, Hosni Mubarak, o rei Abdalá 2 da Jordânia, o secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, e o alto representante para Política exterior da União Européia, Javier Solana, é colocar fim aos enfrentamentos entre israelenses e palestinos.
Nos territórios palestinos a violência recrudesceu hoje. Um adolescente e um policial palestinos morreram em confrontos com o Exército israelense e mais de 60 pessoas ficaram feridas, elevando para 109 o número de mortos e mais de 3.000 o de feridos _essencialmente palestinos_ desde o início dos enfrentamentos em 28 de setembro.
Durante uma entrevista de 75 minutos, Mubarak expôs a Barak as questões que foram debatidas na cúpula. "A retirada das tropas israelenses das para as posições que ocupavam antes do começo dos enfrentamentos e o levantamento do bloqueio dos territórios palestinos" segundo comunicado do governo israelense, publicado em Charm el Cheij.
Barak aceitou abordar essas questões "somente se a violência cessar e a Autoridade Palestina detiver os militantes (dos movimentos extremistas) do Hamas e do Jihad islâmico", opostos ao processo de paz.
Barak rechaçou novamente "qualquer comissão de investigação internacional" e assegurou que só aceitaria "uma comissão de estudo e investigação israelense-palestina sob supervisão dos EUA".
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