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06/11/2000
-
08h07
SÉRGIO DÁVILA
da Folha de S.Paulo
A eleição de terça será decidida entre o republicano George W. Bush e o democrata Al Gore, tendo Ralph Nader, do Partido Verde, e Pat Buchanan, do Partido Reformista, como coadjuvantes.
Isso é notícia de anteontem. O que pouca gente sabe é que há mais pelo menos 200 candidatos inscritos e concorrendo legalmente à Presidência. Eles não aparecem nos debates -só quem atinge mais de 15% das intenções de voto em pelo menos três pesquisas tem esse direito, o que excluiu mesmo Nader e Buchanan.
A maioria não aparece sequer na cédula oficial. Dos mais de 200, apenas 10 têm seus nomes grafados: os quatro citados acima mais Harry Browne, do Partido Libertário, John Hagelin, do Partido da Lei Natural, David McReynolds, do Partido Socialista, Howard Phillips, do Partido da Constituição, e Larry Hines e Bernie Palicki, independentes.
Sim, há um Partido Socialista americano -desde 1901, fundado em Indianápolis. Seu candidato à Presidência em 1920, Eugene Debs, fez a campanha da prisão, para onde foi mandado por se opor a "fazer do mundo um lugar seguro para a democracia".
Já o lema oficial do candidato do Partido da Lei Natural é "tudo é possível". A plataforma principal é governar de acordo com as leis da natureza, seja lá o que isso for. Parecido com ele no aspecto pitoresco é o candidato libertário, que quer instituir o "menor governo possível" assim que eleito.
Se há candidatos para todos os gostos, obviamente há grupos de apoio os mais estranhos e variados possíveis. Por exemplo, os inacreditáveis Pink Pistols (pistolas cor-de-rosa), grupo gay republicano, que é a favor da liberalização do porte de armas e do casamento entre homossexuais.
O lema da ONG, que tem um triângulo rosa com um atirador como símbolo: "Goze de alguém de seu calibre". Seu líder e fundador, Doug Krick, defende a possibilidade de "apoiar candidatos que sejam liberais tanto em relação ao porte de armas quanto ao relacionamento consensual entre adultos de qualquer sexo, raça e cor". Votam em Bush.
Já o movimento Rap the Vote 2000 acha que os Estados Unidos já estão preparados para um presidente hip-hop. Trata-se de uma facção do polêmico movimento negro Nação do Islã comandada por Conrad Muhammad.
Não vão votar para presidente por falta de candidatos, mas pretendem lançar o empresário do rap Russell Simmons à Prefeitura de Nova York em 2001.
Leia mais no especial Eleições nos EUA.
Leia mais notícias internacionais na Folha Online
Gore, Bush e mais 200 disputam a Casa Branca
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A eleição de terça será decidida entre o republicano George W. Bush e o democrata Al Gore, tendo Ralph Nader, do Partido Verde, e Pat Buchanan, do Partido Reformista, como coadjuvantes.
Isso é notícia de anteontem. O que pouca gente sabe é que há mais pelo menos 200 candidatos inscritos e concorrendo legalmente à Presidência. Eles não aparecem nos debates -só quem atinge mais de 15% das intenções de voto em pelo menos três pesquisas tem esse direito, o que excluiu mesmo Nader e Buchanan.
A maioria não aparece sequer na cédula oficial. Dos mais de 200, apenas 10 têm seus nomes grafados: os quatro citados acima mais Harry Browne, do Partido Libertário, John Hagelin, do Partido da Lei Natural, David McReynolds, do Partido Socialista, Howard Phillips, do Partido da Constituição, e Larry Hines e Bernie Palicki, independentes.
Sim, há um Partido Socialista americano -desde 1901, fundado em Indianápolis. Seu candidato à Presidência em 1920, Eugene Debs, fez a campanha da prisão, para onde foi mandado por se opor a "fazer do mundo um lugar seguro para a democracia".
Já o lema oficial do candidato do Partido da Lei Natural é "tudo é possível". A plataforma principal é governar de acordo com as leis da natureza, seja lá o que isso for. Parecido com ele no aspecto pitoresco é o candidato libertário, que quer instituir o "menor governo possível" assim que eleito.
Se há candidatos para todos os gostos, obviamente há grupos de apoio os mais estranhos e variados possíveis. Por exemplo, os inacreditáveis Pink Pistols (pistolas cor-de-rosa), grupo gay republicano, que é a favor da liberalização do porte de armas e do casamento entre homossexuais.
O lema da ONG, que tem um triângulo rosa com um atirador como símbolo: "Goze de alguém de seu calibre". Seu líder e fundador, Doug Krick, defende a possibilidade de "apoiar candidatos que sejam liberais tanto em relação ao porte de armas quanto ao relacionamento consensual entre adultos de qualquer sexo, raça e cor". Votam em Bush.
Já o movimento Rap the Vote 2000 acha que os Estados Unidos já estão preparados para um presidente hip-hop. Trata-se de uma facção do polêmico movimento negro Nação do Islã comandada por Conrad Muhammad.
Não vão votar para presidente por falta de candidatos, mas pretendem lançar o empresário do rap Russell Simmons à Prefeitura de Nova York em 2001.
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