27/12/2000 - 21h43

Chile vai comprar dez aviões F-16 dos EUA

da France Presse
em Washington

Os Estados Unidos ganharam hoje uma importante batalha comercial na América Latina contra a concorrência européia para a venda de dez caças F-16 para o Chile, ainda sujeita a aprovação do Congresso americano.

O fabricante Lockheed Martin espera conquistar mais contratos na região, anunciaram hoje.

Os F-16 são os caças modernos mais vendidos no mundo, sucesso que o fabricante Lockheed Martin atribui as qualidades técnicas e a capacidade de incorporar nova tecnologia e armas num modelo lançado há 24 anos.

O "F-16 Fighting Falcon" é considerado um dos caças mais modernos e ágeis.

Suas capacidades técnicas lhe dão grande precisão em operações ar-terra, sendo capaz de efetuar um intenso bombardeio na terra e ao mesmo tempo se manter como uma ameaça no ar.

O F-16 pode voar a mais de 860 quilômetros de distância de sua base, impactar um alvo em terra com precisão, se defender contra a aviação inimiga e regressar ao seu ponto de partida.

A capacidade para operar com más condições de tempo lhe permitem atacar alvos em bombardeios sem visibilidade.

O primeiro protótipo do avião foi criado em 73 e o primeiro modelo definitivo de F-16 recebeu seu batismo no ar em oito de dezembro de 1976.

Desde então 4.000 aparelhos foram vendidos pela Lockheed Martin baseada em Forth Worth (Texas): 2.200 para Força Aérea dos Estados Unidos e 1.800 para 19 outros países.

Cada F-16 custa US$ 25 milhões na versão mais simples, dependendo das armas que equiparão o avião, esse preço aumenta.

Mede 15 metros por 10 de largura entre as pontas de suas asas. Pesa 15 toneladas e é capaz de voar a 2.123 km por hora, numa altitude de até 15 mil e 420 metros.

Leva um ou dois tripulantes segundo as versões e tem autonomia de 925 km, podendo chegar a 2.027 km em casos extremos. Pesa a metade de um F-14 e pode voar mais carregado. Custa menos da quarta parte de um F-15 e tem maior manobrabilidade.

"No ano passsado, tivemos licitações exitosas com a Grécia, Israel, Cingapura e Coréia do Sul", comentou Joseph Stout, porta-voz da Lockheed Martin. "A decisão do Chile evidencia que o F-16 é um caça que mantém total vigência e muito competitivo no mercado mundial", agregou. O único país da América Latina que comprou F-16 no passado foi a Venezuela, que recebeu 24 unidades.