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18/09/2001
-
18h41
do Banco de Dados
Em 20 de março de 1995, um ataque terrorista com gás sarin a 16 estações do metrô de Tóquio (Japão) matou 12 pessoas e deixou cerca de 5.000 intoxicadas. O atentado foi praticado por seguidores da seita Aum Shinrikyo (Ensinamento da Verdade), liderada por Shoko Asahara, que se considerava a reencarnação de Buda e previa o apocalipse.
Dias depois, a polícia japonesa encontrou 40 toneladas de produtos químicos em sedes da seita espalhadas pelo país. Com o material, os seguidores de Asahara poderiam produzir gás tóxico suficiente para matar 10 milhões de pessoas.
O gás sarin foi inventado na Alemanha antes da Segunda Guerra Mundial. Na forma mais pura, é cerca de 500 vezes mais mortal que o cianureto, veneno que origina o gás cianídrico, utilizado nas câmaras de gás para a execução de condenados.
Ao inalar o gás, as pupilas se contraem e a visão fica embaçada. Com doses baixas, há apenas dores no peito e falta de ar. Doses maiores provocam dores de cabeça, fraqueza muscular, tremores, vômito e incontinência. Uma dose letal causa convulsões até parar coração e pulmões.
Dois meses depois do atentado, a polícia prendeu o líder da seita, Shoko Asahara, cujo nome verdadeiro era Chizuo Matsumoto, em instalações da seita em Kamiku Isshiki, no sopé do monte Fuji (100 km de Tóquio).
Durante as investigações, um químico que pertencia à seita confessou ter produzido o gás sarin utilizado em outro ataque terrorista, ocorrido em 1994. Na ocasião, sete pessoas morreram envenenadas por uma nuvem de gás em Matsumoto, cidade turística do centro do Japão. Cerca de 250 foram intoxicadas.
Depois do ataque ao metrô da capital, o Japão registrou pelo menos outros dois atentados com gás venenoso na cidade de Yokohama (20 km de Tóquio). Em abril, cerca de 500 passageiros do metrô foram hospitalizados.
Dias depois, uma loja de departamentos sofreu um novo ataque que intoxicou mais 25 pessoas.
A polícia descartou qualquer ligação dos ataques com a seita do guru Asahara e acusou um mafioso local pelos atentados.
Em junho de 1996, morreu a 13ª vítima do ataque, um homem que estava em coma desde o dia 20 de março de 1995. Três meses depois, Asahara e alguns seguidores da seita foram condenados a pagar indenização de US$ 7 milhões às vítimas do gás sarin.
Em 1998, Kazuaki Okazaki, membro da seita que participou do ataque, foi condenado à morte. No ano passado, Yasuo Hayashi também foi condenado à morte por enforcamento. Os dois recorreram da sentença.
Neste ano, um tribunal japonês determinou que Asahara pague US$ 3,7 milhões como indenização às vítimas do atentado de Matsumoto, em 1994.
O julgamento de Asahara relativo ao ataque ao metrô de Tóquio se arrasta nos tribunais japoneses desde 1996 e não há previsão de quando termine.
Leia mais no especial sobre atentados nos EUA
Ataque com gás sarin matou 12 pessoas no Japão em 1995
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Em 20 de março de 1995, um ataque terrorista com gás sarin a 16 estações do metrô de Tóquio (Japão) matou 12 pessoas e deixou cerca de 5.000 intoxicadas. O atentado foi praticado por seguidores da seita Aum Shinrikyo (Ensinamento da Verdade), liderada por Shoko Asahara, que se considerava a reencarnação de Buda e previa o apocalipse.
Dias depois, a polícia japonesa encontrou 40 toneladas de produtos químicos em sedes da seita espalhadas pelo país. Com o material, os seguidores de Asahara poderiam produzir gás tóxico suficiente para matar 10 milhões de pessoas.
O gás sarin foi inventado na Alemanha antes da Segunda Guerra Mundial. Na forma mais pura, é cerca de 500 vezes mais mortal que o cianureto, veneno que origina o gás cianídrico, utilizado nas câmaras de gás para a execução de condenados.
Ao inalar o gás, as pupilas se contraem e a visão fica embaçada. Com doses baixas, há apenas dores no peito e falta de ar. Doses maiores provocam dores de cabeça, fraqueza muscular, tremores, vômito e incontinência. Uma dose letal causa convulsões até parar coração e pulmões.
Dois meses depois do atentado, a polícia prendeu o líder da seita, Shoko Asahara, cujo nome verdadeiro era Chizuo Matsumoto, em instalações da seita em Kamiku Isshiki, no sopé do monte Fuji (100 km de Tóquio).
Durante as investigações, um químico que pertencia à seita confessou ter produzido o gás sarin utilizado em outro ataque terrorista, ocorrido em 1994. Na ocasião, sete pessoas morreram envenenadas por uma nuvem de gás em Matsumoto, cidade turística do centro do Japão. Cerca de 250 foram intoxicadas.
Depois do ataque ao metrô da capital, o Japão registrou pelo menos outros dois atentados com gás venenoso na cidade de Yokohama (20 km de Tóquio). Em abril, cerca de 500 passageiros do metrô foram hospitalizados.
Dias depois, uma loja de departamentos sofreu um novo ataque que intoxicou mais 25 pessoas.
A polícia descartou qualquer ligação dos ataques com a seita do guru Asahara e acusou um mafioso local pelos atentados.
Em junho de 1996, morreu a 13ª vítima do ataque, um homem que estava em coma desde o dia 20 de março de 1995. Três meses depois, Asahara e alguns seguidores da seita foram condenados a pagar indenização de US$ 7 milhões às vítimas do gás sarin.
Em 1998, Kazuaki Okazaki, membro da seita que participou do ataque, foi condenado à morte. No ano passado, Yasuo Hayashi também foi condenado à morte por enforcamento. Os dois recorreram da sentença.
Neste ano, um tribunal japonês determinou que Asahara pague US$ 3,7 milhões como indenização às vítimas do atentado de Matsumoto, em 1994.
O julgamento de Asahara relativo ao ataque ao metrô de Tóquio se arrasta nos tribunais japoneses desde 1996 e não há previsão de quando termine.
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