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Imelda Marcos comemora 78 anos em mansão embargada pela Justiça
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da Efe, em Manila
A ex-primeira-dama filipina Imelda Marcos comemorou seu 78º aniversário em uma das cinco casas embargadas pela Justiça enquanto são feitas as investigações sobre o patrimônio ilícito acumulado pelo seu marido, o ex-ditador Ferdinand Marcos.
Imelda quis realizar a festa na ex-mansão presidencial de Calunbang, em Laguna, cerca de 60 km a sudeste da capital. Ela disse que sua família guarda "boas lembranças" da casa.
No entanto, lamentou que o palácio tenha se deteriorado desde 1986, quando precisou deixar o país e partir para o exílio no Havaí, após a revolta popular que derrubou o ditador nas Filipinas.
A ex-primeira-dama, cujas festas de aniversário são há décadas um acontecimento no país, não revelou a identidade do funcionário do Departamento de Turismo que deu permissão para a comemoração.
Camilo Sabio, presidente da Comissão Presidencial para a Boa Governança (CPBG), que tenta achar os bilhões de dólares ocultados pela família Marcos, pedirá explicações ao Departamento de Turismo, que administra algumas das propriedades desapropriadas, entre elas a residência de Calunbang.
Outras mansões atualmente embargadas são o Palácio de Cocos, perto do vulcão de Tagaytay, a Casa de Bambu, o Malacañang do Norte e a Casa de Descanso de Curimao. Os imóveis deveriam ser administrados pela CPBG, que não dispõe de recursos para isso.
A CPBG, criada em 1986 durante o governo de Corazón Aquino, recuperou nas últimas duas décadas quase 62 bilhões de pesos do patrimônio do ex-presidente e de seus sócios, além de meio milhão de hectares de terrenos que Marcos tirou de seus legítimos donos.
Além disso, o órgão apresentou mais de 500 denúncias civis e criminais contra o regime que aterrorizou as Filipinas durante 21 anos. No entanto, não conseguiu prender nenhum amigo nem parente de Marcos. Os acusados ainda exercem uma forte influência em todos os aspectos da sociedade e "sempre têm alguém a quem pedir proteção", disse a Comissão.
Ferdinand Marcos governou as Filipinas com mão de ferro de 1965 a 1986, quando foi derrubado por uma revolta popular apoiada pelos militares. Ele fugiu para o exílio no Havaí, onde morreu em 1989.
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