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18/12/2001
-
10h59
LIGIA BRASLAUSKAS
da Folha Online
O ministro do Turismo de Israel, Binyamin Elon, do partido de extrema direita União Nacional disse hoje que se os palestinos continuarem com sua violência contra Israel, eles receberão um ultimato e serão expulsos de suas casas e "mandados" para os Estados Unidos. A informação foi divulgada hoje pelo jornal israelense "Ha´aretz".
Elon, que é chefe de uma facção do partido, assumiu o cargo de ministro do Turismo após o ministro, também de extrema direita, Rehavam Zeevi ter sido morto por terroristas palestinos, em 17 de outubro.
Embora Zeevi defendesse a "transferência" de palestinos da Cisjordânia e de Gaza, ele preferia usar termos como "transferência voluntária" ou "transferência sob escolha" a expulsão.
Mas Elon parece ser ainda mais mais "linha-dura" que Zeevi. Durante uma entrevista para a rádio do Exército israelense, ele disse que "se os palestinos não fizerem nada para pôr fim à guerra que eles [palestinos] mesmos começaram, terão de entender que essa violência não é uma guerra de "luxo", ou seja, sem consequências, e, se eles [palestinos] perderem essa guerra [contra Israel], serão expulsos, todos eles".
"Uma pessoa que dá início a uma guerra contra nós [israelenses] precisa entender que, se perder essa guerra, o preço será a expulsão [do território israelense]. O líder deles [Iasser Arafat] os conduz para uma nova Naqba (catástrofe) -data que lembra o êxodo de mais de 750 mil palestinos e a destruição de 417 vilarejos árabes na criação do Estado de Israel, em 1948. Esse líder, malvado, assassino, está liderando um desastre, e eles [palestinos] precisam entender isso. Eles devem mandá-lo [Arafa] para o inferno", disse
O ministro disse que a maioria dos israelenses apóia a retirada dos palestinos do leste de Jerusalém e dos território ocupados. Ele concorda que o governo ainda não decidiu pela "transferência" dos palestinos, mas que a maioria da pessoas entende que essa é uma solução provocada pelos conflitos entre os dois povos.
Elon criticou a forma "suave" como o ministro israelense das Relações Exteriores, Shimon Peres, tem conduzido as negociações entre israelenses e palestinos.
"O que eu sinto hoje é que o ministro das Relações Exteriores Peres e seus companheiros [do Parido Trabalhista] estão se "aquecendo" para deixar o governo. E eles devem ser os únicos a deixar o governo. Se alguém precisar ir, se alguém atrapalha a união [do governo vigente], essa pessoa não sou eu, pois eu sinto que hoje tenho influência nesse governo.
Peres é considerado um dos mais moderados do gabinete do primeiro-ministro Ariel Sharon, do Likud.
Leia mais no especial Oriente Médio
Ministro israelense diz que palestinos devem ser expulsos
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da Folha Online
O ministro do Turismo de Israel, Binyamin Elon, do partido de extrema direita União Nacional disse hoje que se os palestinos continuarem com sua violência contra Israel, eles receberão um ultimato e serão expulsos de suas casas e "mandados" para os Estados Unidos. A informação foi divulgada hoje pelo jornal israelense "Ha´aretz".
Elon, que é chefe de uma facção do partido, assumiu o cargo de ministro do Turismo após o ministro, também de extrema direita, Rehavam Zeevi ter sido morto por terroristas palestinos, em 17 de outubro.
Embora Zeevi defendesse a "transferência" de palestinos da Cisjordânia e de Gaza, ele preferia usar termos como "transferência voluntária" ou "transferência sob escolha" a expulsão.
Mas Elon parece ser ainda mais mais "linha-dura" que Zeevi. Durante uma entrevista para a rádio do Exército israelense, ele disse que "se os palestinos não fizerem nada para pôr fim à guerra que eles [palestinos] mesmos começaram, terão de entender que essa violência não é uma guerra de "luxo", ou seja, sem consequências, e, se eles [palestinos] perderem essa guerra [contra Israel], serão expulsos, todos eles".
"Uma pessoa que dá início a uma guerra contra nós [israelenses] precisa entender que, se perder essa guerra, o preço será a expulsão [do território israelense]. O líder deles [Iasser Arafat] os conduz para uma nova Naqba (catástrofe) -data que lembra o êxodo de mais de 750 mil palestinos e a destruição de 417 vilarejos árabes na criação do Estado de Israel, em 1948. Esse líder, malvado, assassino, está liderando um desastre, e eles [palestinos] precisam entender isso. Eles devem mandá-lo [Arafa] para o inferno", disse
O ministro disse que a maioria dos israelenses apóia a retirada dos palestinos do leste de Jerusalém e dos território ocupados. Ele concorda que o governo ainda não decidiu pela "transferência" dos palestinos, mas que a maioria da pessoas entende que essa é uma solução provocada pelos conflitos entre os dois povos.
Elon criticou a forma "suave" como o ministro israelense das Relações Exteriores, Shimon Peres, tem conduzido as negociações entre israelenses e palestinos.
"O que eu sinto hoje é que o ministro das Relações Exteriores Peres e seus companheiros [do Parido Trabalhista] estão se "aquecendo" para deixar o governo. E eles devem ser os únicos a deixar o governo. Se alguém precisar ir, se alguém atrapalha a união [do governo vigente], essa pessoa não sou eu, pois eu sinto que hoje tenho influência nesse governo.
Peres é considerado um dos mais moderados do gabinete do primeiro-ministro Ariel Sharon, do Likud.
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