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23/06/2002 - 09h48

Arafat reconhece pela primeira vez "erros" de Camp David

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da France Presse, em Jerusalém

O presidente da Autoridade Nacional Palestina, Iasser Arafat, reconheceu pela primeira vez ter cometido "erros" na Cúpula de Camp David, em julho de 2000, numa entrevista publicada hoje pelo jornal israelense "Ha'aretz".

"Nós cometemos erros, mas continuamos [as negociações com o primeiro-ministro trabalhista Ehud Barak] em Charm el-Sheik [Egito], Paris e Taba [Egito]. E em Taba estivemos muito próximo de um acordo", afirmou Arafat.

Reuters - 8.mai.2002
Iasser Arafat, líder palestino
"Tudo estava encaminhado, mas o que aconteceu anulou tudo", disse o líder palestino, referindo-se à polêmica visita do atual primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon [na época líder da direita] à Esplanada das Mesquitas em Jerusalém Leste, que desencadeou a segunda Intifada (revolta palestina contra a ocupação israelense), em setembro de 2000.

A Esplanada das Mesquitas, um local sagrado para os muçulmanos, fica no local onde era o templo judeu destruído pelos romanos no ano 70. O Muro das Lamentações, situado mais abaixo, é o lugar mais sagrado para os judeus.

"Eu pedi a Barak que não autorizasse a visita", afirmou Arafat. Quando se lembra que o então presidente dos EUA, Bill Clinton, atribuiu a ele o fracasso de Camp David, o líder palestino responde que se contenta com a análise do assessor do ex-presidente em Camp David, Robert Malley, uma série de artigos nos quais estava escrito que os erros de Barak levaram a cúpula ao fracasso.

Clinton afirmou que Arafat cometeu "um erro terrível" ao rejeitar em Camp David as propostas de compromisso de Barak. Estas contemplavam principalmente a retirada israelense de quase toda Cisjordânia, a reagrupação de 80% dos colonos da região em blocos de assentamento sob controle israelense (dando início a uma troca de territórios), a divisão da soberania em Jerusalém Leste e uma "solução justa" para o problema dos refugiados palestinos.

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