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30/04/2003
-
12h53
As reformas sociais do chanceler alemão Gerhard Schröder continuam enfrentando resistências dentro da sua própria coalizão e entre os sindicalistas.
A oposição elogia o pacote, mas não quer salvar o governo. Na primeira conferência regional do SPD, em Bonn, os planos do chanceler foram recebidos com aplausos e vaias -em igual intensidade.
A campanha eleitoral da União Democrática Cristã (CDU) para o pleito estadual de Bremen foi aberta na segunda-feira (28) pelo ex-chanceler federal alemão Helmut Kohl, com um discurso de 70 minutos de duração. Um dos temas aventados por Kohl foi o programa de reformas sociais do seu sucessor Schröder.
Segundo o ex-chefe de governo alemão, "a Agenda 2010 é um passo no caminho certo, mas ainda não é suficiente". Helmut Kohl arriscou um prognóstico: "Ela fracassará, pois não inclui problemas importantes."
Oposição pró-governo
Os principais partidos da oposição concordam com a avaliação feita por Helmut Kohl. Mas, mesmo considerando a Agenda 2010 como insuficiente, o Partido Liberal Democrático (FDP) mostra-se disposto até mesmo a apoiar os planos do governo na futura votação do pacote de reformas pelo Bundestag, o Parlamento Federal alemão.
Pretende assim garantir a aprovação das reformas, mesmo que o governo de Berlim não consiga a maioria necessária entre seus próprios deputados.
Já entre os democrata-cristãos (CDU/CSU), maior bancada oposicionista no Bundestag, a questão é controversa. Existe concordância em que a Agenda 2010 é um passo no caminho certo, mas ela também é considerada como pouco abrangente e, assim, ineficaz.
A presidenta da CDU e líder da bancada parlamentar, Angela Merkel, já deixou claro que seu partido não se dispõe a salvar a situação para o governo de Berlim. Caso Schröder não consiga o apoio dos próprios correligionários, não poderá contar com os votos dos deputados democrata-cristãos, afirmou a líder oposicionista.
Governo
Na noite de segunda-feira, o Partido Social Democrático realizou em Bonn a primeira das suas quatro conferências regionais, visando convencer a base a apoiar a Agenda 2010 do chanceler Gerhard Schröder. O chefe de governo foi recebido com aplausos e com vaias.
Da mesma forma como o seu principal crítico dentro do diretório nacional do SPD, Ottmar Schreiner. Mas em ambos os casos, as manifestações de opinião não demonstraram maior entusiasmo. O primeiro round foi vencido aparentemente por Schröder -por pontos e não por nocaute.
Os problemas do governo de Berlim com a Agenda 2010 não se restringem, contudo, ao Partido Social Democrático (SPD), presidido por Gerhard Schröder. Também no Partido Verde, o parceiro de coalizão do SPD, os planos das reformas sociais não encontram pleno apoio.
A manifestação mais positiva nesse sentido foi feita pelo líder dos Verdes, Reinhard Bütikofer, segundo o qual ainda seria necessário acertar alguns detalhes, mas a Agenda 2010 não seria inteiramente rechaçada por ninguém no seu partido.
Aparentemente, um engano de Bütikofer. Pois a resistência contra os planos do governo de Berlim já começa a ser articulada por um grupo de deputados verdes, liderados por Hans-Christian Ströbele.
Reformas sociais deixam Schröder em situação difícil no governo
da Deutsche Welle, em BerlimAs reformas sociais do chanceler alemão Gerhard Schröder continuam enfrentando resistências dentro da sua própria coalizão e entre os sindicalistas.
Reuters - 3.jan.2003> |
Gerhard Schröder, primeiro-ministro da Alemanha |
A campanha eleitoral da União Democrática Cristã (CDU) para o pleito estadual de Bremen foi aberta na segunda-feira (28) pelo ex-chanceler federal alemão Helmut Kohl, com um discurso de 70 minutos de duração. Um dos temas aventados por Kohl foi o programa de reformas sociais do seu sucessor Schröder.
Segundo o ex-chefe de governo alemão, "a Agenda 2010 é um passo no caminho certo, mas ainda não é suficiente". Helmut Kohl arriscou um prognóstico: "Ela fracassará, pois não inclui problemas importantes."
Oposição pró-governo
Os principais partidos da oposição concordam com a avaliação feita por Helmut Kohl. Mas, mesmo considerando a Agenda 2010 como insuficiente, o Partido Liberal Democrático (FDP) mostra-se disposto até mesmo a apoiar os planos do governo na futura votação do pacote de reformas pelo Bundestag, o Parlamento Federal alemão.
Pretende assim garantir a aprovação das reformas, mesmo que o governo de Berlim não consiga a maioria necessária entre seus próprios deputados.
Já entre os democrata-cristãos (CDU/CSU), maior bancada oposicionista no Bundestag, a questão é controversa. Existe concordância em que a Agenda 2010 é um passo no caminho certo, mas ela também é considerada como pouco abrangente e, assim, ineficaz.
A presidenta da CDU e líder da bancada parlamentar, Angela Merkel, já deixou claro que seu partido não se dispõe a salvar a situação para o governo de Berlim. Caso Schröder não consiga o apoio dos próprios correligionários, não poderá contar com os votos dos deputados democrata-cristãos, afirmou a líder oposicionista.
Governo
Na noite de segunda-feira, o Partido Social Democrático realizou em Bonn a primeira das suas quatro conferências regionais, visando convencer a base a apoiar a Agenda 2010 do chanceler Gerhard Schröder. O chefe de governo foi recebido com aplausos e com vaias.
Da mesma forma como o seu principal crítico dentro do diretório nacional do SPD, Ottmar Schreiner. Mas em ambos os casos, as manifestações de opinião não demonstraram maior entusiasmo. O primeiro round foi vencido aparentemente por Schröder -por pontos e não por nocaute.
Os problemas do governo de Berlim com a Agenda 2010 não se restringem, contudo, ao Partido Social Democrático (SPD), presidido por Gerhard Schröder. Também no Partido Verde, o parceiro de coalizão do SPD, os planos das reformas sociais não encontram pleno apoio.
A manifestação mais positiva nesse sentido foi feita pelo líder dos Verdes, Reinhard Bütikofer, segundo o qual ainda seria necessário acertar alguns detalhes, mas a Agenda 2010 não seria inteiramente rechaçada por ninguém no seu partido.
Aparentemente, um engano de Bütikofer. Pois a resistência contra os planos do governo de Berlim já começa a ser articulada por um grupo de deputados verdes, liderados por Hans-Christian Ströbele.
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