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Entenda a situação na Irlanda do Norte
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da Folha Online
No dia 14 de outubro, o Reino Unido retomou o controle do governo da Irlanda do Norte em meio a uma crise de espionagem --que sugere que a guerrilha IRA (Exército Republicano Irlandês, guerrilha católica) teria espionado funcionários do governo. O fato provocou a pior crise entre os dois governos desde o acordo de paz de 1998 entre protestantes e católicos.
O sistema de divisão do poder já foi suspenso quatro vezes desde que foi colocado em prática, há quatro anos. A mais longa suspensão é a atual, que já dura um ano.
Apesar da suspensão do governo irlandês, foi mantido o compromisso com os termos do Acordo da Sexta-Feira Santa, de 1998, e as eleições parlamentares regionais previstas para maio de 2003 devem acontecer em novembro. O Acordo de Paz de Sexta-Feira Santa foi assinado pelas partes em conflito em 10 de abril de 98 e aprovado em referendo popular, determinando a criação de uma Assembléia da Irlanda do Norte, a libertação de presos políticos e a deposição de armas pelos grupos paramilitares.
Os unionistas protestantes (60% da população), querem que a região continue ligada ao Reino Unido. Nacionalistas católicos querem a reunificação com a República da Irlanda, um país de maioria católica.
A violência entre os dois lados já dura 35 anos e envolve paramilitares unionistas e terroristas católicos, cujo principal grupo é o IRA (Exército Republicano Irlandês), e já matou 3.600 pessoas desde 1969.
Embora o IRA tenha renunciado ao terror e entregue parte de seu arsenal, grupos católicos dissidentes e radicais unionistas continuam a atuar e a ameaçar o processo de paz.
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