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13/05/2003 - 02h55

Acidente de trânsito mata mais que guerra, diz OMS

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da Folha de S.Paulo

Acidentes de trânsito matam o quádruplo do que guerras e conflitos, e muito mais pessoas se suicidam do que são assassinadas, aponta levantamento mundial da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre dados do ano 2000, divulgado ontem.

Segundo o estudo do órgão da ONU, quase 90% das mortes violentas, acidentais ou intencionais, ocorreram em países pobres. Ao todo, mais de 5 milhões de pessoas morreram por causas violentas, o que representa 10% das mortes ocorridas naquele ano.

Acidentes de trânsito são a maior causa de mortes violentas, com 1,26 milhão de vítimas fatais. Em segundo, aparece o suicídio, com 815 mil mortes, seguido por assassinato, com 520 mil mortes.

Mortes causadas por guerras e conflitos aparecem num distante sexto lugar, com 310 mil casos.

Para a OMS, as mortes violentas provocam um alto custo social e precisam ser prevenidas, embora seja impossível evitá-las.

"A morte e a deficiência física têm sérias implicações para as vítimas, suas famílias e outros dependentes: redução da qualidade de vida, sofrimento e pobreza. Em termos econômicos, os custos com cirurgia, internamento prolongado e longa reabilitação das vítimas representam dezenas de bilhões de dólares todos os anos", disse Gro Harlem Brundtland, diretora-geral da OMS.

Variáveis

A pesquisa afirma que idade, gênero, região geográfica e renda são variáveis importantes na distribuição e na incidência de mortes violentas.

O levantamento mostra que o número de mortes violentas entre os homens é o dobro do número de mortes desse tipo na população feminina. Em acidentes de trânsito e assassinatos, a chance de os homens serem as vítimas é o triplo da chance das mulheres.

Os homens africanos são o grupo com a maior chance de sofrer morte violenta. Já as mulheres das Américas têm o menor risco de perder a vida violentamente.

Na população de crianças com idades entre 5 e 14 anos, os acidentes de trânsito representam a segunda maior causa de morte, atrás apenas de sarampo e outras doenças que incidem sobretudo na população infantil.

Segundo Etienne Krug, que coordenou a pesquisa, as mortes mortes por acidentes de trânsito são fáceis de prevenir, mas diminuir os índices de homicídio e suicídio é mais complexo.

Com agências internacionais
 

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