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15/05/2003
-
16h18
Duas denúncias sobre contatos e envio de ajuda humanitária às guerrilhas Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) desataram um escândalo esta semana na Colômbia
A imprensa registrou ontem denúncias sobre revelações de contatos "secretos" com as Farc para a liberação de políticos que acabaram sendo assassinados com oito militares e de que um helicóptero oficial levou ajuda humanitária a um acampamento onde estavam os reféns.
Ambas denúncias deram origem a uma investigação exaustiva, abriram um debate sobre as missões humanitárias, e geraram uma série de versões por parte do presidente Alvaro Uribe e de autoridades do Departamento (Estado) de Antioquia.
Acusações
Uribe disse hoje que não sabia da ajuda humanitária e que funcionários do governo de Antioquia mantinham contatos com as Farc para conseguir a libertação do governador do Departamento, Guillermo Gaviria, e de seu assessor de paz, Gilberto Echeverri, sequestrados em 21 de abril de 2002.
Pouco antes, o governador encarregado de Antioquia, Eugenio Prieto, e a esposa de Gaviria, Yolanda Pinto, tinham dito à imprensa que o presidente tinha pleno conhecimento das negociações.
"Não soube por parte do governo de Antioquia, nem da senhora Yolanda Pinto, que estiveram em contato com as Farc, nem de envio de ajuda humanitária, nem dos canais utilizados", disse Uribe em um comunicado.
Negociações secretas
Prieto, porém, disse que Uribe "pediu muita prudência [nos contatos] e cuidado, e assim fizemos", acrescentando que o presidente também estava sabendo do envio de remédios e alimentos para Gaviria e Echeverri, sequestrados com 11 militares nas selvas do Município de Urrao (noroeste).
"Não fiz negociações secretas para liberar meu marido e o assessor de paz, nunca as fiz". disse Pinto hoje, acrescentando que Prieto "disse ao presidente que havia uma possibilidade de fazer um contato e depois afirmou que as negociações não tinham obtido resultado".
Prieto está em meio a uma polêmica porque um militar declarou que um helicóptero, aparentemente de Antioquia, teria trasladado 11 rebeldes, seis deles doentes, do acampamento das Farc em Urrao.
Mortes
Isso teria ocorrido um dia antes do assassinato de Gaviria, Echeverri e oito militares, no dia 5 de maio, durante uma operação fracassada de resgate nas selvas de Urrao, 410 km a noroeste de Bogotá, segundo o sargento Pedro Guarnizo, um dos três militares que sobreviveram.
Prieto disse que o helicóptero levou duas vezes ajuda humanitária, como parte do Programa Aéreo de Saúde de Antioquia, mas que os pilotos negaram ter transportado guerrilheiros.
Denúncia sobre negociações com Farc gera escândalo na Colômbia
da France Presse, em BogotáDuas denúncias sobre contatos e envio de ajuda humanitária às guerrilhas Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) desataram um escândalo esta semana na Colômbia
A imprensa registrou ontem denúncias sobre revelações de contatos "secretos" com as Farc para a liberação de políticos que acabaram sendo assassinados com oito militares e de que um helicóptero oficial levou ajuda humanitária a um acampamento onde estavam os reféns.
Ambas denúncias deram origem a uma investigação exaustiva, abriram um debate sobre as missões humanitárias, e geraram uma série de versões por parte do presidente Alvaro Uribe e de autoridades do Departamento (Estado) de Antioquia.
Acusações
Uribe disse hoje que não sabia da ajuda humanitária e que funcionários do governo de Antioquia mantinham contatos com as Farc para conseguir a libertação do governador do Departamento, Guillermo Gaviria, e de seu assessor de paz, Gilberto Echeverri, sequestrados em 21 de abril de 2002.
Pouco antes, o governador encarregado de Antioquia, Eugenio Prieto, e a esposa de Gaviria, Yolanda Pinto, tinham dito à imprensa que o presidente tinha pleno conhecimento das negociações.
"Não soube por parte do governo de Antioquia, nem da senhora Yolanda Pinto, que estiveram em contato com as Farc, nem de envio de ajuda humanitária, nem dos canais utilizados", disse Uribe em um comunicado.
Negociações secretas
Prieto, porém, disse que Uribe "pediu muita prudência [nos contatos] e cuidado, e assim fizemos", acrescentando que o presidente também estava sabendo do envio de remédios e alimentos para Gaviria e Echeverri, sequestrados com 11 militares nas selvas do Município de Urrao (noroeste).
"Não fiz negociações secretas para liberar meu marido e o assessor de paz, nunca as fiz". disse Pinto hoje, acrescentando que Prieto "disse ao presidente que havia uma possibilidade de fazer um contato e depois afirmou que as negociações não tinham obtido resultado".
Prieto está em meio a uma polêmica porque um militar declarou que um helicóptero, aparentemente de Antioquia, teria trasladado 11 rebeldes, seis deles doentes, do acampamento das Farc em Urrao.
Mortes
Isso teria ocorrido um dia antes do assassinato de Gaviria, Echeverri e oito militares, no dia 5 de maio, durante uma operação fracassada de resgate nas selvas de Urrao, 410 km a noroeste de Bogotá, segundo o sargento Pedro Guarnizo, um dos três militares que sobreviveram.
Prieto disse que o helicóptero levou duas vezes ajuda humanitária, como parte do Programa Aéreo de Saúde de Antioquia, mas que os pilotos negaram ter transportado guerrilheiros.
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