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18/06/2003
-
22h20
Um soldado americano que vigiava um posto de combustíveis morreu hoje durante um ataque em Bagdá, no mesmo local onde um pouco antes as forças americanas haviam disparado contra manifestantes locais, matando dois ex-soldados iraquianos.
''Um soldado morreu e outro ficou ferido. Os dois pertenciam à 1ª Divisão Blindada'', declarou o sargento Brian Thomas, porta-voz do Exército dos Estados Unidos.
Segundo as primeiras investigações, ''o ataque parece ter sido efetuado a partir de um veículo'', disse Thomas, que acrescentou que os agressores conseguiram fugir.
Mais cedo, um policial iraquiano havia informado que dois soldados americanos morreram em um ataque com granada em Dura, ao sul da capital iraquiana, no que parece ser a mesma operação.
Na parte da manhã, as tropas americanas abriram fogo contra uma manifestação de ex-militares iraquianos. O novo episódio dos confrontos entre o Exército dos Estados Unidos e os civis iraquianos deixou um saldo de dois mortos.
Quase 300 ex-soldados iraquianos protestaram diante do palácio presidencial, local em que está instalado o quartel-general da forças da coalizão anglo-americana, e jogaram pedras contra os soldados americanos, que responderam com tiros.
Os militares iraquianos exigiam o pagamento de seus salários, que não recebem desde que o administrador civil americano do Iraque, Paul Bremer, dissolveu oficialmente o Exército do país, no dia 23 de maio.
Segundo o porta-voz Thomas, o soldado que abriu fogo agiu em ''legítima defesa'', porque seu veículo havia sido atingido por iraquianos que jogavam pedras.
No local do incidente, ainda era possível observar os rastros de sangue na calçada. Além disso, os manifestantes continuavam gritando: ''Por nosso sangue, por nossa alma, te defenderemos, oh mártir!''.
Negociação
O jornal britânico ''Times'' informou hoje que Londres propôs a Washington uma negociação com os aliados de Saddam Hussein que foram detidos. O objetivo seria a obtenção de informações sobre o paradeiro do ex-presidente iraquiano e de seu arsenal, mas os Estados Unidos rejeitaram a idéia.
Ontem, um grupo desconhecido, as Brigadas de Resistência Iraquiana, reivindicou a autoria de todos os ataques realizados contra as tropas americanas no Iraque, num momento em que o Exército dos Estados Unidos trabalha em uma ampla operação para neutralizar os iraquianos leais ao regime deposto no norte do país.
A operação Escorpião do Deserto pretende aniquilar a guerrilha que ataca as forças americanas na região sunita do norte e noroeste do Iraque, além de oferecer à população a ajuda humanitária necessária.
Em um comunicado recebido pela rede de televisão Al Jazeera (Qatar), as Brigadas de Resistência afirmam que planejaram e executaram as operações, e chamam Saddam Hussein e seus aliados de ''inimigos que contribuíram para a perda da pátria e para o agravamento das feridas''.
''As operações (...) são a ação de um grupo de jovens iraquianos e de árabes que acreditam na unidade, na liberdade e no arabismo do Iraque'', acrescenta o texto.
Segundo o Exército dos Estados Unidos, 51 soldados americanos morreram no Iraque desde o dia 1º de maio, 15 em ataques e 36 de forma acidental.
Em Washington, o porta-voz da Presidência, Ari Fleischer, declarou ontem que o presidente George W. Bush continua convencido de que seu país encontrará armas de destruição em massa no Iraque, por causa das ''iniciativas do Departamento de Defesa para procurá-las''.
Por outro lado, Paul Bremer anunciou que um tribunal criminal será constituído para julgar os membros do antigo partido Baath.
Bremer também considerou prematura a celebração de eleições no Iraque, ao lembrar o recente cancelamento da votação para o cargo de governador da cidade xiita de Najaf, prevista para 21 de junho.
Especial
Saiba tudo sobre a guerra no Iraque
Ataques em Bagdá deixam um soldado dos EUA e dois iraquianos mortos
da France Presse, em BagdáUm soldado americano que vigiava um posto de combustíveis morreu hoje durante um ataque em Bagdá, no mesmo local onde um pouco antes as forças americanas haviam disparado contra manifestantes locais, matando dois ex-soldados iraquianos.
''Um soldado morreu e outro ficou ferido. Os dois pertenciam à 1ª Divisão Blindada'', declarou o sargento Brian Thomas, porta-voz do Exército dos Estados Unidos.
Segundo as primeiras investigações, ''o ataque parece ter sido efetuado a partir de um veículo'', disse Thomas, que acrescentou que os agressores conseguiram fugir.
Mais cedo, um policial iraquiano havia informado que dois soldados americanos morreram em um ataque com granada em Dura, ao sul da capital iraquiana, no que parece ser a mesma operação.
Na parte da manhã, as tropas americanas abriram fogo contra uma manifestação de ex-militares iraquianos. O novo episódio dos confrontos entre o Exército dos Estados Unidos e os civis iraquianos deixou um saldo de dois mortos.
Quase 300 ex-soldados iraquianos protestaram diante do palácio presidencial, local em que está instalado o quartel-general da forças da coalizão anglo-americana, e jogaram pedras contra os soldados americanos, que responderam com tiros.
Os militares iraquianos exigiam o pagamento de seus salários, que não recebem desde que o administrador civil americano do Iraque, Paul Bremer, dissolveu oficialmente o Exército do país, no dia 23 de maio.
Segundo o porta-voz Thomas, o soldado que abriu fogo agiu em ''legítima defesa'', porque seu veículo havia sido atingido por iraquianos que jogavam pedras.
No local do incidente, ainda era possível observar os rastros de sangue na calçada. Além disso, os manifestantes continuavam gritando: ''Por nosso sangue, por nossa alma, te defenderemos, oh mártir!''.
Negociação
O jornal britânico ''Times'' informou hoje que Londres propôs a Washington uma negociação com os aliados de Saddam Hussein que foram detidos. O objetivo seria a obtenção de informações sobre o paradeiro do ex-presidente iraquiano e de seu arsenal, mas os Estados Unidos rejeitaram a idéia.
Ontem, um grupo desconhecido, as Brigadas de Resistência Iraquiana, reivindicou a autoria de todos os ataques realizados contra as tropas americanas no Iraque, num momento em que o Exército dos Estados Unidos trabalha em uma ampla operação para neutralizar os iraquianos leais ao regime deposto no norte do país.
A operação Escorpião do Deserto pretende aniquilar a guerrilha que ataca as forças americanas na região sunita do norte e noroeste do Iraque, além de oferecer à população a ajuda humanitária necessária.
Em um comunicado recebido pela rede de televisão Al Jazeera (Qatar), as Brigadas de Resistência afirmam que planejaram e executaram as operações, e chamam Saddam Hussein e seus aliados de ''inimigos que contribuíram para a perda da pátria e para o agravamento das feridas''.
''As operações (...) são a ação de um grupo de jovens iraquianos e de árabes que acreditam na unidade, na liberdade e no arabismo do Iraque'', acrescenta o texto.
Segundo o Exército dos Estados Unidos, 51 soldados americanos morreram no Iraque desde o dia 1º de maio, 15 em ataques e 36 de forma acidental.
Em Washington, o porta-voz da Presidência, Ari Fleischer, declarou ontem que o presidente George W. Bush continua convencido de que seu país encontrará armas de destruição em massa no Iraque, por causa das ''iniciativas do Departamento de Defesa para procurá-las''.
Por outro lado, Paul Bremer anunciou que um tribunal criminal será constituído para julgar os membros do antigo partido Baath.
Bremer também considerou prematura a celebração de eleições no Iraque, ao lembrar o recente cancelamento da votação para o cargo de governador da cidade xiita de Najaf, prevista para 21 de junho.
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