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26/10/2003
-
10h40
da Folha Online
Os resultados do referendo sobre reformas propostas pelo presidente Álvaro Uribe, realizado ontem na Colômbia, ainda não foram divulgados. A população volta hoje às urnas para escolher governadores, deputados, prefeitos e vereadores.
Ontem à noite, a apuração mostrava que a maioria dos eleitores que participaram do referendo contra a corrupção na Colômbia são a favor das mudanças propostas pelo governo. Resta saber, no entanto, se o número de pessoas que compareceram à consulta popular atinge os 25% do eleitorado do país exigidos para validar o referendo.
Com 97,3 % dos votos contabilizados, apenas 24,2 % do eleitorado havia registrado votos. A contagem de votos foi suspensa nesta madrugada e ainda não foi retomada.
Uribe tenta realizar uma profunda reforma política e fiscal no país, e está arriscando seus níveis de popularidade de mais de 70% ao promover um referendo que a maioria da população considerava "complicado".
O referendo, considerado inútil por seus críticos, submeteu à consulta, entre outros pontos, a redução de 268 para 218 cadeiras no Congresso, a supressão das entidades de controle regionais e a perda dos direitos civis dos funcionários envolvidos em fraudes contra o Estado.
Também foram votadas medidas de ajuste fiscal, que congelariam os salários dos empregados públicos e os gastos do Estado por dois anos, limitando pensões e privilégios dos servidores.
Hoje, os colombianos escolherão governadores, deputados, prefeitos e vereadores, acuados nas últimas semanas por uma ofensiva terrorista dos grupos armados ilegais, que explodiram carros-bomba, entre outros artefatos, em várias regiões do país.
Além disso, 29 candidatos foram assassinados ao longo da campanha, muitos acabaram sequestrados e dezenas renunciaram às suas aspirações políticas, devido à pressão e às ameaças de guerrilheiros e paramilitares.
Violência
Ontem, em três ataques distintos, atribuídos pelo governo às Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), morreram seis policiais e um soldado.
Esse tipo de ataque já se tornou comum na Colômbia em momentos eleitorais. Cerca de 30 políticos sofreram atentados nos últimos meses. Hoje foram incendiados carros e caminhões, além de ter sido implodida uma ponte no norte do país.
O ataque mais impressionante, no entanto, foi feito a uma fábrica de processamento de leite na Província de Antioquia. Seis civis morreram com a explosão de uma bomba instalada dentro de uma lata de leite. Segundo as autoridades colombianas, o ataque teria sido organizado também pelas Farc.
Apesar da violência, representantes do governo afirmaram que a população não se intimidou e compareceu às urnas para decidir sobre o referendo. Cerca de 270 mil policiais e militares foram destacados para garantir a segurança.
Cerca de 3.500 colombianos morrem a cada a ano em decorrência do conflito armado --envolvendo forças do governo, guerrilhas de esquerda e paramilitares de direita-- que atinge o país há décadas.
Com agências internacionais
Especial
Leia mais sobre o conflito na Colômbia
Referendo na Colômbia ainda não tem resultado definido
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Os resultados do referendo sobre reformas propostas pelo presidente Álvaro Uribe, realizado ontem na Colômbia, ainda não foram divulgados. A população volta hoje às urnas para escolher governadores, deputados, prefeitos e vereadores.
Ontem à noite, a apuração mostrava que a maioria dos eleitores que participaram do referendo contra a corrupção na Colômbia são a favor das mudanças propostas pelo governo. Resta saber, no entanto, se o número de pessoas que compareceram à consulta popular atinge os 25% do eleitorado do país exigidos para validar o referendo.
Com 97,3 % dos votos contabilizados, apenas 24,2 % do eleitorado havia registrado votos. A contagem de votos foi suspensa nesta madrugada e ainda não foi retomada.
Uribe tenta realizar uma profunda reforma política e fiscal no país, e está arriscando seus níveis de popularidade de mais de 70% ao promover um referendo que a maioria da população considerava "complicado".
O referendo, considerado inútil por seus críticos, submeteu à consulta, entre outros pontos, a redução de 268 para 218 cadeiras no Congresso, a supressão das entidades de controle regionais e a perda dos direitos civis dos funcionários envolvidos em fraudes contra o Estado.
Também foram votadas medidas de ajuste fiscal, que congelariam os salários dos empregados públicos e os gastos do Estado por dois anos, limitando pensões e privilégios dos servidores.
Hoje, os colombianos escolherão governadores, deputados, prefeitos e vereadores, acuados nas últimas semanas por uma ofensiva terrorista dos grupos armados ilegais, que explodiram carros-bomba, entre outros artefatos, em várias regiões do país.
Além disso, 29 candidatos foram assassinados ao longo da campanha, muitos acabaram sequestrados e dezenas renunciaram às suas aspirações políticas, devido à pressão e às ameaças de guerrilheiros e paramilitares.
Violência
Ontem, em três ataques distintos, atribuídos pelo governo às Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), morreram seis policiais e um soldado.
Esse tipo de ataque já se tornou comum na Colômbia em momentos eleitorais. Cerca de 30 políticos sofreram atentados nos últimos meses. Hoje foram incendiados carros e caminhões, além de ter sido implodida uma ponte no norte do país.
O ataque mais impressionante, no entanto, foi feito a uma fábrica de processamento de leite na Província de Antioquia. Seis civis morreram com a explosão de uma bomba instalada dentro de uma lata de leite. Segundo as autoridades colombianas, o ataque teria sido organizado também pelas Farc.
Apesar da violência, representantes do governo afirmaram que a população não se intimidou e compareceu às urnas para decidir sobre o referendo. Cerca de 270 mil policiais e militares foram destacados para garantir a segurança.
Cerca de 3.500 colombianos morrem a cada a ano em decorrência do conflito armado --envolvendo forças do governo, guerrilhas de esquerda e paramilitares de direita-- que atinge o país há décadas.
Com agências internacionais
Especial
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