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10/12/2003
-
12h09
da Folha Online
A advogada iraniana Shirin Ebadi, 56, recebeu hoje o Prêmio Nobel da Paz, em Oslo (Noruega), dizendo que ele era uma inspiração para iranianos, muçulmanos e todas as pessoas que lutam pelos direitos humanos no mundo.
"A decisão do Comitê Nobel da Paz de dar o prêmio de 2003 para mim, como a primeira pessoas do Irã e a primeira mulher de um país islâmico, inspira a mim e a milhões de iranianos e cidadãos de Estados islâmicos com a esperança de que nossos esforços, empenho e luta para a realização dos direitos humanos e o estabelecimento da democracia [..] têm o apoio, suporte e solidariedade da sociedade civil internacional", afirmou Ebadi.
Com saia e camisa claras, Ebadi apareceu sem o véu islâmico. O ato pode ser interpretado como uma expressão silenciosa de sua luta pela liberdade.
"Sem dúvida, minha escolha será uma inspiração para as mulheres que lutam pela realização de seus direitos, não apenas no Irã mas por toda a região", declarou Ebadi.
Violência
Ebadi também exortou a humanidade a aprender por seus erros e a patrocinar os direitos humanos em todo o mundo.
"Se o século 21 quer se libertar do ciclo de violência, atos de terrorismo e guerra, [...] não há outro jeito a não ser entendendo e colocando em prática cada direito humano para todo mundo sem levar em consideração raça, gênero, fé, nacionalidade ou classe social", declarou Ebadi.
Durante a cerimônia solene de uma hora de duração, Ebadi recebeu uma medalha de ouro e um certificado ante uma platéia de centenas de pessoas, incluindo membros da família real norueguesa, sua própria família e o casal de atores Michael Douglas e Catherine Zeta-Jones. O prêmio também inclui cerca de US$ 1,4 milhão.
Advogada, escritora e ativista de direitos humanos, Ebadi foi a primeira juíza no Irã e ganhou o Prêmio Nobel da Paz por seu trabalho na luta pela democracia e pelos direitos das mulheres e das crianças.
Despotismo
Em seu discurso, Ebadi declarou que o despotismo era incompatível com as tradições iranianas.
"Alguns muçulmanos, sob o pretexto de que democracia e direitos humanos não são compatíveis com os ensinamentos islâmicos e a estrutura tradicional das sociedades islâmicas, têm justificado governos déspotas e continuam a fazê-lo", afirmou Ebadi.
Ela também alertou que o espírito de terror após o 11 de Setembro resultou em ataques contra direitos humanos básicos no mundo.
"Nos últimos dois anos, alguns Estados violaram os princípios e leis de direitos humanos universais ao usar os eventos do 11 de Setembro e a guerra contra o terrorismo internacional como pretexto", afirmou.
O prêmio foi instituído em 1901 como último desejo do filantropo sueco Alfred Nobel e é sempre apresentado no dia 10 de dezembro, aniversário de sua morte em 1896.
O prêmio da paz é concedido na Noruega, enquanto os prêmios de medicina, física, química, literatura e economia são apresentados na Suécia.
Com agências internacionais
Iraniana Shirin Ebadi recebe Prêmio Nobel da Paz
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A advogada iraniana Shirin Ebadi, 56, recebeu hoje o Prêmio Nobel da Paz, em Oslo (Noruega), dizendo que ele era uma inspiração para iranianos, muçulmanos e todas as pessoas que lutam pelos direitos humanos no mundo.
"A decisão do Comitê Nobel da Paz de dar o prêmio de 2003 para mim, como a primeira pessoas do Irã e a primeira mulher de um país islâmico, inspira a mim e a milhões de iranianos e cidadãos de Estados islâmicos com a esperança de que nossos esforços, empenho e luta para a realização dos direitos humanos e o estabelecimento da democracia [..] têm o apoio, suporte e solidariedade da sociedade civil internacional", afirmou Ebadi.
Com saia e camisa claras, Ebadi apareceu sem o véu islâmico. O ato pode ser interpretado como uma expressão silenciosa de sua luta pela liberdade.
"Sem dúvida, minha escolha será uma inspiração para as mulheres que lutam pela realização de seus direitos, não apenas no Irã mas por toda a região", declarou Ebadi.
Violência
Ebadi também exortou a humanidade a aprender por seus erros e a patrocinar os direitos humanos em todo o mundo.
"Se o século 21 quer se libertar do ciclo de violência, atos de terrorismo e guerra, [...] não há outro jeito a não ser entendendo e colocando em prática cada direito humano para todo mundo sem levar em consideração raça, gênero, fé, nacionalidade ou classe social", declarou Ebadi.
Durante a cerimônia solene de uma hora de duração, Ebadi recebeu uma medalha de ouro e um certificado ante uma platéia de centenas de pessoas, incluindo membros da família real norueguesa, sua própria família e o casal de atores Michael Douglas e Catherine Zeta-Jones. O prêmio também inclui cerca de US$ 1,4 milhão.
Advogada, escritora e ativista de direitos humanos, Ebadi foi a primeira juíza no Irã e ganhou o Prêmio Nobel da Paz por seu trabalho na luta pela democracia e pelos direitos das mulheres e das crianças.
Despotismo
Em seu discurso, Ebadi declarou que o despotismo era incompatível com as tradições iranianas.
"Alguns muçulmanos, sob o pretexto de que democracia e direitos humanos não são compatíveis com os ensinamentos islâmicos e a estrutura tradicional das sociedades islâmicas, têm justificado governos déspotas e continuam a fazê-lo", afirmou Ebadi.
Ela também alertou que o espírito de terror após o 11 de Setembro resultou em ataques contra direitos humanos básicos no mundo.
"Nos últimos dois anos, alguns Estados violaram os princípios e leis de direitos humanos universais ao usar os eventos do 11 de Setembro e a guerra contra o terrorismo internacional como pretexto", afirmou.
O prêmio foi instituído em 1901 como último desejo do filantropo sueco Alfred Nobel e é sempre apresentado no dia 10 de dezembro, aniversário de sua morte em 1896.
O prêmio da paz é concedido na Noruega, enquanto os prêmios de medicina, física, química, literatura e economia são apresentados na Suécia.
Com agências internacionais
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