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22/12/2003 - 16h45

Corte interroga três "vítimas potenciais" de "canibal alemão"

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da France Presse, em Kassel (Alemanha)

Três homens jovens, "vítimas potenciais" do "canibal de Rotemburgo", foram interrogados hoje a portas fechadas pela corte de Kassel (centro da Alemanha), que julga o especialista em computadores Armin Meiwes, 42, em um caso sem precedentes na história judicial alemã.

Os juízes interrogaram um telefonista de 28 anos, que queria ser decapitado, e um estudante de 25. Ambos responderam ao anúncio publicado na internet por Meiwes, em busca de "homens que quisessem ser devorados".

Também depôs ante a corte um homossexual de 25 anos, amigo de Meiwes há um ano e meio, a quem descreveu como um homem "afável, solícito e alegre" e de quem disse desconhecer as tendências canibais.

O telefonista, um homem corpulento, se apresentou ao tribunal com a cabeça coberta por um xale e disse aos juízes que respondeu ao anúncio apresentando-se como alguém mais magro, o que teria desagradado Meiwes.

Jantar

O alemão admitiu ter matado, em sua casa, o engenheiro berlinense Bernd Juergen Brandes, 43, que deixou Meiwes cortar o seu pênis para comê-lo juntos na noite de 10 de março de 2001, antes de ser degolado e esquartejado.

O ato foi totalmente registrado em fitas de vídeo caseiro exibidas na corte a portas fechadas. Diante da comoção dos magistrados, Meiwes declarou que ele e Brandes se sentiram um pouco frustrados depois de tentar comer o pênis, porque apesar de tê-lo temperado com sal, pimenta e alho não tinha um sabor tão agradável quanto tinham imaginado.

Diante dos juízes, o canibal admitiu que procurou novas vítimas, porque a carne do corpo de Brandes que tinha guardado no congelador estava acabando. Na confissão, ele disse, no entanto, que não gostou do telefonista ao conhecê-lo pessoalmente porque era muito gordo.

No entanto, o tribunal considera a possibilidade de condenar o "canibal de Rotemburgo' pelo crime de "morte por encomenda" como pede a defesa, ao invés de "assassinato". Isso levaria a uma pena mais leve, de apenas cinco anos de prisão, e não à pena máxima de 15 anos, como quer a promotoria.
 

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