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07/01/2010 - 08h04

Al Qaeda reivindica ataque contra CIA e diz ser vingança por morte de militantes

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da Folha Online

O braço da rede terrorista Al Qaeda no Afeganistão reivindicou o ataque do último dia 30 de dezembro que matou sete agentes da CIA (agência de inteligência americana) no Afeganistão e disse que o jordaniano Humam Khalil Abu Mulai Al Balawi agiu por vingança pela morte de militantes da rede.

Em comunicado divulgado nesta quinta-feira por um site que costuma repercutir as notas do grupo terrorista, a Al Qaeda afirma que Abu Duyana --nome com o qual identificam Balawi-- cometeu o atentado como vingança pela morte de vários líderes da rede em ações das tropas americanas no Afeganistão e na Somália.

Segundo a nota, Balawi deixou por escrito que se suicidaria "como vingança por nossos mártires, sobretudo o aiatolá Baitullah Mehsud, Abu Saleh al-Somali e Abdallah Said al-Libbi" --que teriam sido mortos em ataques com mísseis lançados por aviões não tripulados dos EUA.

O comunicado é assinado pela Al Qaeda no Afeganistão e tem data de 2 de janeiro passado.

A autoria do atentado foi assumida em 1º de janeiro pelos militantes do grupo islâmico radical Taleban no Paquistão, segundo a imprensa do país.

O jordaniano Balawi, apresentado como um informante dos serviços de inteligência jordaniano e americano, detonou os explosivos que levava no próprio corpo no dia 30 de dezembro passado, no interior de uma base da CIA em Khost, no ataque mais violento contra a agência de inteligência americana desde 1983.

Ele foi convidado ao Camp Chapman, base da CIA na Província afegã de Khost de alta segurança. Segundo um ex-oficial de inteligência americano, ele não foi revistado por ter grande credibilidade pelas informações passadas aos agentes.

Pouco depois do início de uma reunião, ele detonou os explosivos que levava e matou sete agentes da CIA e Ali bin Zeid, capitão da inteligência jordaniana e parente distante do rei Abdullah 2º.

Segundo a rede de TV NBC, Balawi teria ligado para o contato na inteligência jordaniana na semana passada para dizer que devia se encontrar com a equipe da CIA baseada em Khost, leste do Afeganistão, porque tinha informações urgentes sobre Ayman Al Zawahri, médico egípcio e braço direito de Osama bin Laden.

Já o site Ana Al Muslim diz que Balawi teria esboçado um plano em um papel como para designar um objetivo. "Ele disse: "aproximem-se para ver melhor". Quando todos os agentes da CIA estavam perto dele, detonou os explosivos, depois de ter declarado: "Agora nos aproximamos de nosso objetivo, exatamente como vocês fizeram com Baitullah Mehsud"".

Mehsud era o líder dos talebans no Paquistão e foi morto em agosto de 2009 em ataque atribuído à CIA.

O ministro da Informação da Jordânia, Nabil Sharif negou categoricamente as informações. "Os serviços jordanianos de informação não estão de nenhuma maneira envolvidos em tais operações de inteligência e cooperando com os Estados Unidos no Afeganistão", afirmou.

No entanto, parentes do capitão Zeid afirmaram que ele estava em missão no Afeganistão há 20 dias.

Com agências internacionais

 

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