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15/03/2004
-
21h04
da Folha Online
da Folha de S.Paulo
O corpo de Sérgio dos Santos Silva, único brasileiro morto nos atentados terroristas de quinta-feira (11) Madri (Espanha), deverá ser trasladado para o Brasil na quarta-feira (17) ou na quinta-feira (18).
De acordo com o Itamaraty, hoje foi feito o reconhecimento do corpo de Silva pelas autoridades espanholas, confirmando oficialmente a existência de um cidadão brasileiro entre os mortos.
Com a notificação oficial, a Embaixada do Brasil na Espanha já está providenciando a emissão do atestado de óbito, documento necessário para o transporte do corpo para o Brasil.
Segundo a assessoria de imprensa do Itamaraty, todo o serviço funeral, inclusive de embalsamamento do corpo, será feito pelas autoridades espanholas.
Silva tinha 28 anos e há seis meses trabalhava na Espanha. Ele deixou na cidade de São Tomé, no interior do Paraná, a esposa Sara e um filho de 4 anos, Miquéias.
A polícia espanhola fez testes de DNA para identificar o corpo do brasileiro, que trabalhava ilegalmente como operário na Espanha e estava em um dos vagões que explodiram no atentado.
Espanha
Sara Alves Silva, 21, mulher de Sérgio, disse à Folha de S.Paulo no sábado (13) que o marido tinha conseguido emprego fixo havia dois meses e decidira ficar mais tempo na Espanha. "Ele tinha prometido voltar em setembro, quando a gente ia comemorar seu aniversário. Mas no último telefonema ele disse que ia ficar até o final do ano, pois estava ganhando bem." Ele ganhava o equivalente a R$ 2.700 por mês em Madri.
Sara afirmou que pretende abrir mão do benefício prometido pelo governo espanhol de conceder cidadania espanhola aos parentes das vítimas do atentado do último dia 11. "Eu não queria que ele fosse. Não vou querer ouvir falar de Espanha depois disso." Ela disse também não saber que o governo espanhol iria pagar uma indenização às famílias das vítimas.
Na Espanha desde 27 de setembro do ano passado, Silva tinha o objetivo de ganhar o suficiente para comprar uma casa e um carro para o casal. Para comprar a passagem para a Espanha, Silva vendeu um fusca e usou o dinheiro da indenização do trabalho anterior, em uma indústria química.
O prefeito Arlei Hernandes de Biazzi (PDT), 47, disse que irá decretar hoje luto oficial no município, de 5.045 habitantes. "Temos 20 pessoas trabalhando na Espanha e a morte do Sérgio, nessas condições, chocou toda a população", disse Biazzi.
Especial
Saiba mais sobre os ataques terroristas na Espanha
Espanha confirma oficialmente morte de brasileiro em atentado
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da Folha de S.Paulo
O corpo de Sérgio dos Santos Silva, único brasileiro morto nos atentados terroristas de quinta-feira (11) Madri (Espanha), deverá ser trasladado para o Brasil na quarta-feira (17) ou na quinta-feira (18).
De acordo com o Itamaraty, hoje foi feito o reconhecimento do corpo de Silva pelas autoridades espanholas, confirmando oficialmente a existência de um cidadão brasileiro entre os mortos.
Com a notificação oficial, a Embaixada do Brasil na Espanha já está providenciando a emissão do atestado de óbito, documento necessário para o transporte do corpo para o Brasil.
Segundo a assessoria de imprensa do Itamaraty, todo o serviço funeral, inclusive de embalsamamento do corpo, será feito pelas autoridades espanholas.
Silva tinha 28 anos e há seis meses trabalhava na Espanha. Ele deixou na cidade de São Tomé, no interior do Paraná, a esposa Sara e um filho de 4 anos, Miquéias.
A polícia espanhola fez testes de DNA para identificar o corpo do brasileiro, que trabalhava ilegalmente como operário na Espanha e estava em um dos vagões que explodiram no atentado.
Espanha
Sara Alves Silva, 21, mulher de Sérgio, disse à Folha de S.Paulo no sábado (13) que o marido tinha conseguido emprego fixo havia dois meses e decidira ficar mais tempo na Espanha. "Ele tinha prometido voltar em setembro, quando a gente ia comemorar seu aniversário. Mas no último telefonema ele disse que ia ficar até o final do ano, pois estava ganhando bem." Ele ganhava o equivalente a R$ 2.700 por mês em Madri.
Sara afirmou que pretende abrir mão do benefício prometido pelo governo espanhol de conceder cidadania espanhola aos parentes das vítimas do atentado do último dia 11. "Eu não queria que ele fosse. Não vou querer ouvir falar de Espanha depois disso." Ela disse também não saber que o governo espanhol iria pagar uma indenização às famílias das vítimas.
Na Espanha desde 27 de setembro do ano passado, Silva tinha o objetivo de ganhar o suficiente para comprar uma casa e um carro para o casal. Para comprar a passagem para a Espanha, Silva vendeu um fusca e usou o dinheiro da indenização do trabalho anterior, em uma indústria química.
O prefeito Arlei Hernandes de Biazzi (PDT), 47, disse que irá decretar hoje luto oficial no município, de 5.045 habitantes. "Temos 20 pessoas trabalhando na Espanha e a morte do Sérgio, nessas condições, chocou toda a população", disse Biazzi.
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