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07/04/2004 - 11h58

EUA bombardeiam mesquita após morte de 12 marines no Iraque

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da Folha Online

Marines (fuzileiros navais) americanos bombardearam nesta quarta-feira uma mesquita em Fallujah, a 50 km oeste da capital Bagdá. De acordo com testemunhas, cerca de 40 pessoas morreram no ataque.

As informações foram divulgadas pelas agências de notícias Associated Presse e France Presse. Até o momento os EUA não confirmaram nem o ataque nem as mortes. Ontem um ataque matou 12 marines em Ramadi (oeste de Bagdá).

No ataque, um helicóptero teria lançado três mísseis contra a mesquita Abdul Aziz al Samarrai, destruindo parte do muro que a cercava. O bombardeio não causou danos à construção principal. Um repórter da Associated Presse também disse ter visto corpos de pessoas mortas e feridas sendo transferidos do local.

Nesta quarta-feira, batalhas entre guerrilhas xiitas e membros da coalizão continuaram acontecendo em várias frentes. Os confrontos já causaram a morte de 30 soldados da coalizão e 160 iraquianos em apenas três dias, segundo o Exército dos EUA.

Um ataque em Ramadi, 110 km a oeste de Bagdá, matou ontem 12 marines (fuzileiros navais) americanos, no que se transformou em uma das mais custosas baixas para os EUA desde o início da Guerra do Iraque, em 20 de março de 2003.

A Casa Branca disse que tais baixas [dos marines] não vão enfraquecer a determinação americana no país: "Nossa resolução é firme, não pode ser abalada e nós vamos vencer", disse o porta-voz Scott McClellan.

Moqtada al Sadr, 30, contrário à presença americana no Iraque, vem tentando persuadir os xiitas a incrementar os ataques contra a coalizão e angariar novos membros que possam aderir à "luta anti-EUA".

Em três dias de luta em Bagdá (capital) e, até o momento, em outras seis cidades no centro e no sul do país, a milícia armada Al Mahdi, que apóia Al Sadr, mostra-se como a mais poderosa e mais bem organizada força de ataque contra a coalizão até agora.

Os ataques que atingem a coalizão desde domingo (4) apontam que a presença americana no Iraque representa um "fracasso" em sua proposta de reorganizar e estabelecer a ordem no país.

Baixas iraquianas

Na noite passada, ao menos 30 iraquianos morreram e 25 foram feridos em Fallujah, durante violentos confrontos entre tropas americanas e combatentes anticoalizão, segundo fontes hospitalares.

Os combates ocorreram nos bairros de Julan e Dhubat quando as tropas americanas dispararam contra o setor usando tanques. De acordo com informações de testemunhas, os EUA também se utilizaram de aviões para reforçar o bombardeio contra a região.

Em Nassiriah (sul), quatro veículos italianos foram incendiados durante um combate que aconteceu antes do amanhecer da terça-feira. A ação envolveu homens da milícia armada Al Mahdi. Oficiais italianos afirmaram que 12 soldados italianos ficaram feridos, nenhum deles seriamente. Quinze iraquianos teriam morrido no ataque.

Também houve combates com milicianos xiitas em Amara, cuja segurança está nas mãos de militares britânicos, causando a morte de mais 15 pessoas. Em Kut, cidade patrulhada por forças da Ucrânia, foi confirmada a morte de um soldado ucraniano. Em Karbala, soldados poloneses feriram dois milicianos em combates. As três cidades ficam no sul do país.

No fim de semana, milhares de manifestantes xiitas protestaram contra a prisão de Mustafa al Yacoubi, o braço direito de Al Sadr, e contra o fechamento do jornal de Al Sadr, "Al Hawza", pela administração americana. Os protestos aconteceram em várias cidades iraquianas, mas foram mais intensos em Najaf [cidade sagrada para os xiitas e localizada no sul do Iraque], onde pelo menos 23 pessoas morreram no domingo, e em Bagdá.

Com agências internacionais

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