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04/04/2010 - 18h05

Professora é identificada como segunda mulher-bomba nos ataques em Moscou

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colaboração para Folha Online

Um professora de ciências da computação, de 28 anos, foi identificada por familiares como a segunda mulher-bomba que matou dezenas de pessoas no metrô de Moscou há uma semana, informou o jornal russo "Novaya Gazeta" neste domingo.

Rasul Magomedov reconheceu a filha Maryam, que estava desaparecida, após ver fotos dos restos da mulher-bomba até então não identificada, afirmou o site novayagazeta.ru

'Minha mulher e eu reconhecemos imediatamente nossa filha Maryam. Quando minha mulher viu a nossa filha pela última vez, ela estava usando o mesmo lenço vermelho que está nas fotos', disse Magomedov, um professor da vila de Blakhany, no Daguestão, à Novaya Gazeta.

Magomedov disse que a filha se graduou em matemática e psicologia na Universidade Pedagógica do Daguestão em 2005. Ele voltou para a vila e lecionou ciência da computação em uma escola local.

'Gostaria muito de que a investigação desvendasse o retrato verdadeiro do que aconteceu. Não podemos sequer sugerir como Maryam poderia chegar a Moscou. Sim, ela era religiosa. Mas ela nunca expressou nenhuma crença radical', disse ele.

Ataques recentes

Mais de 50 pessoas foram mortas em ataques suicidas na Rússia na semana passada. Os dois ataques no metrô de Moscou foram realizados por mulheres-bomba que a mídia russa chamou de 'viúvas negras'. As outras mortes aconteceram em uma cidade na região de Daguestão, no turbulento norte do Cáucaso.

Temores de uma nova onda de ataques a regiões-chave da Rússia aumentaram após um ataque duplo em uma linha férrea neste domingo. Segundo forças de segurança, o ataque tem ligações com os recentes atentados da semana passada.

A bomba explodiu na linha de um trem no Daguestão, na Rússia, por volta das 4h05 (horário local) deste domingo.

A explosão na linha -- que liga Moscou ao Azerbaijão -- causou o descarrilhamento de oito vagões de um trem de carga que transportava material de construção.

Não há registro de vítimas, segundo agências de notícias internacionais. Um trem com passageiros, que fazia o trajeto entre as cidades Tyumen e Bakú estava previsto para passar pelo local apenas duas horas mais tarde.

Na última segunda-feira (29), Moscou foi alvo de dois ataques suicidas cometidos por duas mulheres-bomba. As explosões em duas estações de metrô deixaram cerca de 50 mortos e ao menos 90 feridos.

Dois dias depois, um duplo ataque a bomba matou ao menos 12 pessoas e deixou outras 23 feridas na cidade de Kizlyar.

Autoridades russas confirmaram que uma das mulheres-bomba era uma jovem de 17 anos, viúva de um militante islâmico de Cáucaso Norte.

De acordo o jornal russo 'Kommersant', a adolescente era viúva de Umalat Magomedov, líder dos guerrilheiros islâmicos do Daguestão. Ele foi morto pela polícia em 31 de dezembro na cidade de Khasavyurt, junto com outros três combatentes que tinham aberto fogo contra os agentes.

Os investigadores não identificaram a segunda mulher-bomba, mas o "Kommersant" especula que seria Marja Ustarjanova, tchetchena de 20 anos. Ela era viúva de Said-Emin Khizriev, o chefe dos islamitas de Gudermes, a segunda cidade mais importante da Tchetchênia, morto em outubro passado quando preparava um atentado contra o presidente tchetcheno, Ramzan Kadyrov.

Com Reuters e France Presse

 

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