Publicidade
Publicidade
15/11/2004
-
11h43
da Folha Online
Após a batalha pelo controle de Fallujah (50 km a oeste de Bagdá), que utilizou mais de 10 mil soldados, matou mais de 1.200 insurgentes iraquianos e quase 40 soldados norte-americanos, os EUA enfrentam agora ataques em cidades como Mossul, Baquba e Buhriz, também próximas à capital iraquiana.
A tática da resistência iraquiana à ocupação do país por tropas dos EUA foi abandonar Fallujah (bastião rebelde comandado pelo terrorista jordaniano Abu Musab al Zarqawi) e se espalhar por cidades próximas. Além dos mortos 275 soldados americanos ficaram feridos, disse o Exército, mas 60 deles já voltaram aos combates.
Insurgentes atacaram soldados americanos e a polícia iraquiana nesta segunda-feira em Baquba e em Buhriz. Oficiais disseram que ao menos nove pessoas foram mortas e 15 ficaram feridas, incluindo quatro soldados americanos.
Oficiais americanos disseram que os problemas começaram depois que rebeldes atacaram soldados da 1º Divisão de Infantaria com granadas e armas de pequeno porte, perto de um posto policial, em Baquba. Forças de segurança iraquianas invadiram o local e encontraram granadas, morteiros, armas e munição.
Ao mesmo tempo, insurgentes atacaram um posto policial em Buhriz com uma metralhadora e granadas, além de colocarem bombas por toda a estrada.
Carnificina em Fallujah
No sábado, o Exército americano afirmou que 1.200 rebeldes morreram desde o início da ofensiva. A informação foi negada pelo porta-voz do conselho consultivo dos mujahedines de Fallujah, instância dirigente dos rebeldes.
Não há informação sobre civis mortos, mas os moradores da cidade dizem que "muitas pessoas" morreram.
Ontem, o exército autorizou, pela primeira vez, a retirada dos corpos de 22 pessoas mortas da região, permitindo o seu enterro em Saqlawijah, na entrada norte da cidade.
Domingo em Mossul
Violentos combates foram travados neste domingo entre o exército americano e um grupo de rebeldes no sul de Fallujah, no momento em que a Guarda Nacional iraquiana começava a recuperar o controle de Mossul (cidade no norte do Iraque), que caiu nas mãos dos insurgentes armados desde quinta-feira passada.
"Há entre 50 e 80 combatentes iraquianos e estrangeiros no sudoeste, esperando o ataque final", afirmou o tenente Christopher Pimms no sétimo dia da ofensiva a Fallujah, bastião sunita da resistência.
"Quanto mais avançamos para o sul, mais violentos e organizados são os combates", acrescentou, destacando que os rebeldes não se opõem frontalmente ao fogo inimigo, mas permanecem entrincheirados em edifícios e acompanham os movimentos dos soldados americanos para depois atacar.
"Esperam até o momento adequado para abrir fogo de uma janela e em seguida saem rapidamente antes da nossa resposta e atacam de outro local", disse um outro oficial americano, que pediu para que sua identidade fosse preservada.
Vítimas
Numa rua do centro da cidade, os marines encontraram neste domingo o corpo de uma mulher "de tipo caucasiano e cabelos loiros", degolado e com braços e pernas amputados, segundo um fotógrafo que acompanha as tropas americanas.
A mulher usava um vestido azul e seu corpo estava coberto por uma manta. Seu rosto estava desfigurado e o corpo apresentava marcas de mordidas de animais.
Os marines ainda não sabem se o corpo é de uma iraquiana ou estrangeira. Duas estrangeiras casadas com iraquianos foram seqüestradas no fim de outubro no Iraque: a britânica Margaret Hassan, encarregada da ONG Care International, e a polonesa Teresa Borcz.
A 20 metros deste local, os fuzileiros americanos encontraram, também na rua, os corpos de um casal abraçado --ela vestida de rosa e ele, com a tradicional jalabiyah (túnica árabe) branca. Estes corpos também apresentavam marcas de mordidas de animais.
Um oficial americano coletou várias amostras dos corpos, provavelmente para submetê-las a exames de DNA.
Com agências internacionais
Especial
Leia o que já foi publicado sobre ataques em Fallujah
Leia mais sobre o Iraque sob tutela
Após batalha em Fallujah, EUA sofrem ataques em mais cidades do Iraque
Publicidade
Após a batalha pelo controle de Fallujah (50 km a oeste de Bagdá), que utilizou mais de 10 mil soldados, matou mais de 1.200 insurgentes iraquianos e quase 40 soldados norte-americanos, os EUA enfrentam agora ataques em cidades como Mossul, Baquba e Buhriz, também próximas à capital iraquiana.
A tática da resistência iraquiana à ocupação do país por tropas dos EUA foi abandonar Fallujah (bastião rebelde comandado pelo terrorista jordaniano Abu Musab al Zarqawi) e se espalhar por cidades próximas. Além dos mortos 275 soldados americanos ficaram feridos, disse o Exército, mas 60 deles já voltaram aos combates.
Insurgentes atacaram soldados americanos e a polícia iraquiana nesta segunda-feira em Baquba e em Buhriz. Oficiais disseram que ao menos nove pessoas foram mortas e 15 ficaram feridas, incluindo quatro soldados americanos.
Oficiais americanos disseram que os problemas começaram depois que rebeldes atacaram soldados da 1º Divisão de Infantaria com granadas e armas de pequeno porte, perto de um posto policial, em Baquba. Forças de segurança iraquianas invadiram o local e encontraram granadas, morteiros, armas e munição.
Ao mesmo tempo, insurgentes atacaram um posto policial em Buhriz com uma metralhadora e granadas, além de colocarem bombas por toda a estrada.
Carnificina em Fallujah
No sábado, o Exército americano afirmou que 1.200 rebeldes morreram desde o início da ofensiva. A informação foi negada pelo porta-voz do conselho consultivo dos mujahedines de Fallujah, instância dirigente dos rebeldes.
Não há informação sobre civis mortos, mas os moradores da cidade dizem que "muitas pessoas" morreram.
Ontem, o exército autorizou, pela primeira vez, a retirada dos corpos de 22 pessoas mortas da região, permitindo o seu enterro em Saqlawijah, na entrada norte da cidade.
Domingo em Mossul
Violentos combates foram travados neste domingo entre o exército americano e um grupo de rebeldes no sul de Fallujah, no momento em que a Guarda Nacional iraquiana começava a recuperar o controle de Mossul (cidade no norte do Iraque), que caiu nas mãos dos insurgentes armados desde quinta-feira passada.
"Há entre 50 e 80 combatentes iraquianos e estrangeiros no sudoeste, esperando o ataque final", afirmou o tenente Christopher Pimms no sétimo dia da ofensiva a Fallujah, bastião sunita da resistência.
"Quanto mais avançamos para o sul, mais violentos e organizados são os combates", acrescentou, destacando que os rebeldes não se opõem frontalmente ao fogo inimigo, mas permanecem entrincheirados em edifícios e acompanham os movimentos dos soldados americanos para depois atacar.
"Esperam até o momento adequado para abrir fogo de uma janela e em seguida saem rapidamente antes da nossa resposta e atacam de outro local", disse um outro oficial americano, que pediu para que sua identidade fosse preservada.
Vítimas
Numa rua do centro da cidade, os marines encontraram neste domingo o corpo de uma mulher "de tipo caucasiano e cabelos loiros", degolado e com braços e pernas amputados, segundo um fotógrafo que acompanha as tropas americanas.
A mulher usava um vestido azul e seu corpo estava coberto por uma manta. Seu rosto estava desfigurado e o corpo apresentava marcas de mordidas de animais.
Os marines ainda não sabem se o corpo é de uma iraquiana ou estrangeira. Duas estrangeiras casadas com iraquianos foram seqüestradas no fim de outubro no Iraque: a britânica Margaret Hassan, encarregada da ONG Care International, e a polonesa Teresa Borcz.
A 20 metros deste local, os fuzileiros americanos encontraram, também na rua, os corpos de um casal abraçado --ela vestida de rosa e ele, com a tradicional jalabiyah (túnica árabe) branca. Estes corpos também apresentavam marcas de mordidas de animais.
Um oficial americano coletou várias amostras dos corpos, provavelmente para submetê-las a exames de DNA.
Com agências internacionais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice