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21/05/2005
-
07h23
da France Presse
O filósofo cristão francês Paul Ricoeur, considerado um dos mais importantes pensadores do pós-guerra, morreu nesta sexta-feira, aos 92 anos de idade, em sua residência de Chatenay Malabry, na região de Paris.
Ricoeur, que sofria com problemas no coração havia vários meses, morreu quando dormia na madrugada de quinta-feira (19) para sexta-feira (20), informou seu amigo e também filósofo Olivier Abel.
Nascido em 1913 em Valence (França), ficou órfão cedo e foi educado pelos avós protestantes.
Decano da Faculdade de Letras da Universidade de Nanterre (1969-1970), Ricoeur era o herdeiro espiritual da fenomenologia de Husserl e do existencialismo cristão.
Catedrático em Filosofia e doutor em Letras, tornou-se professor em 1933. Foi prisioneiro de guerra durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
No período de libertação da França dos nazistas, trabalhou para o Centro Nacional de Pesquisa Científica (CNRS), antes de se tornar professor de história da filosofia na Faculdade de Letras de Estrasburgo (1948-1956)e, posteriormente, dar aulas na célebre Universidade parisiense de Sorbonne.
Membro do comitê da revista "Esprit" a partir de 1947, começou a publicar seus estudos nos anos 50, particularmente sua tese sobre a filosofia da vontade. Na década de 60, Ricoeur enfocou seus trabalhos na psicanálise freudiana ("Da interpretação. Ensaio sobre Freud", 1965).
Depois de sua demissão da Universidade de Nanterre, em 1970, Ricoeur deu aulas na Universidade de Chicago e foi diretor da "Revista de Metafísica e Moral" (1974).
Entre suas principais obras, que marcaram toda uma geração de filósofos franceses, particularmente Derrida e Lyotar, estão "Historia e verdade" (1955), "Tempo e Relato" (1983) e "A memória, a história e o esquecimento" (2000).
Em 2004, Ricoeur foi agraciado com o prêmio John W. Kluge, prestigiosa recompensa americana no campo das ciências humanas.
Pensador comprometido, militante socialista desde 1933 e profundamente cristão, Paul Ricoeur, Grande Prêmio de Filosofia da Academia Francesa, era viúvo e pai de cinco filhos.
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Nascido em 1913 em Valence (França), ficou órfão cedo e foi educado pelos avós protestantes.
Decano da Faculdade de Letras da Universidade de Nanterre (1969-1970), Ricoeur era o herdeiro espiritual da fenomenologia de Husserl e do existencialismo cristão.
Catedrático em Filosofia e doutor em Letras, tornou-se professor em 1933. Foi prisioneiro de guerra durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
No período de libertação da França dos nazistas, trabalhou para o Centro Nacional de Pesquisa Científica (CNRS), antes de se tornar professor de história da filosofia na Faculdade de Letras de Estrasburgo (1948-1956)e, posteriormente, dar aulas na célebre Universidade parisiense de Sorbonne.
Membro do comitê da revista "Esprit" a partir de 1947, começou a publicar seus estudos nos anos 50, particularmente sua tese sobre a filosofia da vontade. Na década de 60, Ricoeur enfocou seus trabalhos na psicanálise freudiana ("Da interpretação. Ensaio sobre Freud", 1965).
Depois de sua demissão da Universidade de Nanterre, em 1970, Ricoeur deu aulas na Universidade de Chicago e foi diretor da "Revista de Metafísica e Moral" (1974).
Entre suas principais obras, que marcaram toda uma geração de filósofos franceses, particularmente Derrida e Lyotar, estão "Historia e verdade" (1955), "Tempo e Relato" (1983) e "A memória, a história e o esquecimento" (2000).
Em 2004, Ricoeur foi agraciado com o prêmio John W. Kluge, prestigiosa recompensa americana no campo das ciências humanas.
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