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04/06/2005
-
15h07
da Folha Online
Uma multidão de milhares de pessoas acompanhou neste sábado, pelas ruas do centro de Beirute (capital do Líbano), o funeral do jornalista de oposição libanês Samir Kassir, 45, morto em um atentado na quinta-feira.
Com bandeiras libanesas e fotos de Kassir, a multidão seguiu, jogando pétalas de rosas pelo caminho, até a catedral ortodoxa grega Saint Georges, onde a cerimônia fúnebre foi realizada. À frente da procissão estavam a mulher de Kassir, Gisele Khoury, apresentadora da rede de televisão Al Arabiya, ao lado de seus filhos. Também seguiram o cortejo o líder oposicionista anti-Síria Walid Jumblatt e Saad Hariri, filho do ex-premiê Rafik Hariri [assassinado no dia 14 de fevereiro, em um atentado a bomba em Beirute].
O enterro foi realizado no cemitério Saint Mitr, próximo ao local onde aconteceu o atentado.
Kassir, um dos mais proeminentes jornalistas libaneses e ferrenho crítico da Síria, foi morto na quinta-feira (2) com a explosão de uma bomba que foi colocada em seu veículo. O atentado aconteceu no bairro cristão de Ashrafieh, onde Kassir morava. Os policiais, que isolaram o local rapidamente, afirmaram que o artefato explosivo foi colocado sob o banco do motorista.
Testemunhas afirmaram que a explosão aconteceu assim que Kassir entrou no veículo. O impacto foi tão forte que janelas das casas ao redor ficaram estilhaçadas.
Grupos da oposição culparam o governo sírio, especialmente o presidente Émile Lahoud --considerado o maior defensor da influência síria no Líbano-- pelo atentado.
Ontem cerca de 200 jornalistas e políticos, muitos segurando canetas pretas como símbolo da liberdade de expressão, ficaram por uma hora na praça dos Mártires, no centro da capital, em tributo a Kassir. Sinos de igrejas da região soaram em homenagem ao jornalista.
O ministro da Justiça, Khaled Kabban indicou hoje o juiz Sami Sidki para conduzir a investigação da morte de Kassir, mas é grande o ceticismo no país sobre a realização de investigações abrangentes e efetivas de crimes com motivações políticas.
Gibran Tueni, diretor do "An Nahar", afirmou na quinta-feira que o assassinato do jornalista está ligado à morte do ex-premiê Rafik al Hariri, ocorrida em 14 de fevereiro em Beirute, após a explosão de uma bomba no momento em que seu comboio passava pelas ruas da capital. Ele era líder da oposição libanesa e um dos maiores críticos do atual governo libanês.
O assassinato de Al Hariri provocou uma grande tensão política no Líbano. Vários protestos foram realizados, e a pressão dos civis que saíram às ruas fez com que a comunidade internacional demandasse a saída do contingente de soldados sírios do Líbano.
A Síria mandou soldados para o Líbano em 1976, um ano depois do início da guerra civil libanesa, que acabou em 1991, com o desarmamento dos grupos extremistas. Na ocasião, os sírios deveriam ter deixado o país, o que não aconteceu.
O último soldado sírio deixou o Líbano em 26 de abril último, colocando um fim à presença militar da Síria no país.
Com agências internacionais
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Multidão assiste funeral de jornalista assassinado no Líbano
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Uma multidão de milhares de pessoas acompanhou neste sábado, pelas ruas do centro de Beirute (capital do Líbano), o funeral do jornalista de oposição libanês Samir Kassir, 45, morto em um atentado na quinta-feira.
Com bandeiras libanesas e fotos de Kassir, a multidão seguiu, jogando pétalas de rosas pelo caminho, até a catedral ortodoxa grega Saint Georges, onde a cerimônia fúnebre foi realizada. À frente da procissão estavam a mulher de Kassir, Gisele Khoury, apresentadora da rede de televisão Al Arabiya, ao lado de seus filhos. Também seguiram o cortejo o líder oposicionista anti-Síria Walid Jumblatt e Saad Hariri, filho do ex-premiê Rafik Hariri [assassinado no dia 14 de fevereiro, em um atentado a bomba em Beirute].
O enterro foi realizado no cemitério Saint Mitr, próximo ao local onde aconteceu o atentado.
Kassir, um dos mais proeminentes jornalistas libaneses e ferrenho crítico da Síria, foi morto na quinta-feira (2) com a explosão de uma bomba que foi colocada em seu veículo. O atentado aconteceu no bairro cristão de Ashrafieh, onde Kassir morava. Os policiais, que isolaram o local rapidamente, afirmaram que o artefato explosivo foi colocado sob o banco do motorista.
Testemunhas afirmaram que a explosão aconteceu assim que Kassir entrou no veículo. O impacto foi tão forte que janelas das casas ao redor ficaram estilhaçadas.
Grupos da oposição culparam o governo sírio, especialmente o presidente Émile Lahoud --considerado o maior defensor da influência síria no Líbano-- pelo atentado.
Ontem cerca de 200 jornalistas e políticos, muitos segurando canetas pretas como símbolo da liberdade de expressão, ficaram por uma hora na praça dos Mártires, no centro da capital, em tributo a Kassir. Sinos de igrejas da região soaram em homenagem ao jornalista.
O ministro da Justiça, Khaled Kabban indicou hoje o juiz Sami Sidki para conduzir a investigação da morte de Kassir, mas é grande o ceticismo no país sobre a realização de investigações abrangentes e efetivas de crimes com motivações políticas.
Gibran Tueni, diretor do "An Nahar", afirmou na quinta-feira que o assassinato do jornalista está ligado à morte do ex-premiê Rafik al Hariri, ocorrida em 14 de fevereiro em Beirute, após a explosão de uma bomba no momento em que seu comboio passava pelas ruas da capital. Ele era líder da oposição libanesa e um dos maiores críticos do atual governo libanês.
O assassinato de Al Hariri provocou uma grande tensão política no Líbano. Vários protestos foram realizados, e a pressão dos civis que saíram às ruas fez com que a comunidade internacional demandasse a saída do contingente de soldados sírios do Líbano.
A Síria mandou soldados para o Líbano em 1976, um ano depois do início da guerra civil libanesa, que acabou em 1991, com o desarmamento dos grupos extremistas. Na ocasião, os sírios deveriam ter deixado o país, o que não aconteceu.
O último soldado sírio deixou o Líbano em 26 de abril último, colocando um fim à presença militar da Síria no país.
Com agências internacionais
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