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08/08/2005 - 10h33

Corte britânica ordena detenção de suspeitos de atentados a Londres

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da Folha Online

Três dos quatro principais suspeitos das tentativas de atentados realizadas contra sistemas de transporte de Londres em 21 de julho último, que não deixaram vítimas, foram levados ao tribunal nesta segunda-feira, sob um forte esquema de segurança. Eles são acusados de tentativa de assassinato, e tiveram a continuação de sua prisão decretada até 14 de novembro próximo.

Essa é a primeira vez que acusados de envolvimento direto com as explosões de 21 de julho são levados a uma corte britânica. As tentativas de atentado --que falharam porque algumas bombas explodiram parcialmente e outras nem chegaram a ser detonadas-- ocorreram duas semanas depois dos quatro ataques também realizados contra sistemas de transporte londrinos, que mataram 52 pessoas, além dos quatro suicidas autores da ação.

Muktar Said Ibrahim, 27, Ramzi Mohammed, 23, e Yassin Hassan Omar, 24, também foram acusados de conspiração para realizar assassinatos, posse de explosivos, e conspiração para detonar bombas. Se condenados, podem pegar prisão perpétua.

Ibrahim é suspeito de tentar detonar uma bomba em um ônibus de dois andares que trafegada pela Hackney Road (leste de Londres). Mohammed é acusado de atacar a estação de metrô Oval (sul), e Omar vai responder pela tentativa de explodir uma bomba em um trem, próximo à estação de Warren Street (centro).

Os homens, todos vestidos com roupas escuras, falaram apenas para confirmar seus nomes. Ainda não há informações sobre qual será a linha da defesa dos acusados.

O quarto suspeito de realizar os ataques, Hamdi Issac, está preso em Roma desde o último dia 29, onde continua mantido sob suspeita de práticas de terrorismo internacional. Autoridades britânicas aguardam sua extradição.

Nenhum deles foi acusado de envolvimento com os ataques de 7 de julho.

Segurança

Policiais armados montaram guarda em frente ao prédio do tribunal, que fica na região sudeste de Londres, próximo à prisão Belmarsh, de segurança máxima. Um helicóptero também sobrevoava o local.

Outro homem, Manfo Kwaku Asiedu, também foi levado à corte, acusado de conspiração por assassinato, devido a um pacote cheio de explosivos encontrado em 23 de julho último em um parque de Londres. O juiz distrital Timothy Workman --que julgou todos os suspeitos-- também ordenou que ele ficasse sob custódia da polícia até novembro.

Três outros homens também foram julgados nesta segunda-feira, acusados de envolvimento com os ataques de 21 de julho último. A polícia acusa Siraj Yassin Abdullah Ali, 30, Wharbi Mohammed, 22, e Asias Girma, 20, de ajudar suspeitos a fugirem. Eles deverão ficar presos até a próxima quinta-feira, quando serão novamente submetidos ao tribunal.

Seis pessoas foram levadas a tribunais londrinos na semana passada, acusadas de esconder informações sobre Issac, e vão também continuar sob custódia da polícia. Entre os detidos estão a mulher de Issac, e sua cunhada.

Mentor

Nesta segunda-feira, também, o britânico de origem indiana Haroon Rashid Aswat, 31, que foi preso na Zâmbia em 20 de julho último, e chegou ontem ao Reino Unido, após ser deportado, recebeu ordens de continuar detido, até a próxima quinta-feira. Ele é suspeito de ser o mentor dos ataques a Londres ocorridos em 7 de julho último.

Aswat também é acusado de conspirar para criar um campo de treinamento de terroristas em Bly, Oregon (EUA), entre outubro de 1999 e abril de 2000, segundo comunicado da polícia londrina, divulgado nesta segunda-feira.

Autoridades zambianas descobriram que o suspeito recebeu 20 ligações em seu celular de mais de um dos quatro suicidas envolvidos nas ações do dia 7. Não está claro quem dos quatro autores dos ataques teriam entrado em contato com o acusado.

Com agências internacionais

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