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22/08/2005 - 13h50

Israel finaliza retirada na faixa de Gaza

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da Folha Online

No oitavo dia da operação de desocupação, o governo de Israel finalizou nesta segunda-feira a retirada na faixa de Gaza com a saída dos moradores do assentamento de Netzarim, duas semanas antes do tempo previsto para o encerramento da ação.

A confirmação oficial já foi dada pela Forças de Defesa de Israel, que afirmou por meio de seu porta-voz a iminente saída de duas famílias restantes em Netzarim. A colônia era constantemente alvo de atentados terroristas e não era esperado que seria a última a ser desocupada.

Sob clima de comoção, assentados choravam e se abraçavam ao se juntar ao comboio que os levariam a Jerusalém. Não houve protestos ou barricadas. Em frente a câmeras de TV, colonos fizeram uma procissão em que carregavam uma menorá (candelabro judaico de sete braços) retirada de uma sinagoga. A cena era similar à da destruição do Segundo Templo sagrado comandada pelos romanos, que carregaram uma menorá.

Netzarim foi uma das primeiras comunidades fundadas após a Guerra dos Seis Dias (1967) contra os árabes e praticamente dividia a faixa de Gaza em duas partes.

No primeiro mês da Intifada (a revolta popular palestina contra a ocupação israelense) um fogo cruzado matou em Netzarim o garoto de 12 anos Muhammed Dura, que se tornaria o símbolo da Intifada.

A Corte Internacional considerou ilegais os assentamentos judeus na faixa de Gaza e na Cisjordânia. Israel contesta a decisão.

Cisjordânia

Nos dois assentamentos restantes na Cisjordânia, Sanur e Homesh, é esperado que haja confrontos entre o Exército e militantes judeus radicais. A desocupação da área está marcada para amanhã.

A previsão é que a retirada seja muito dificultada para impedir que futuramente o resto do território ocupado na Cisjordânia seja alvo de desocupação. Os líderes das colônias afirmam que não haverá resistência à ação dos soldados.

Os partidários da direita de Israel dizem que a retirada premia a Intifada palestina, mas a maioria dos israelenses apóia a ação do governo. Mais de 230 mil israelenses e 3,8 milhões de palestinos vivem na Cisjordânia.

Com agências internacionais

Especial
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