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02/03/2006
-
08h11
da France Presse
da Folha Online
O presidente americano, George W. Bush, foi alertado pela Fema (Agência Federal de Gestão de Crise) da magnitude do furacão Katrina um dia antes que este devastasse a costa sul dos EUA, de acordo com uma gravação divulgada nesta quarta-feira pela agência de notícias Associated Press.
No trecho em questão, durante uma videoconferência ao lado do presidente Bush e do secretário de Segurança Interna, Michael Chertoff, em 28 de agosto, um dia antes do desastre, o então diretor da Fema, Michael Brown, aparece afirmando que o furacão seria "enorme".
"Este é um bem grande", alertou Michael Brown, um dia antes que o Katrina tocasse a terra, deixando mais de 1.300 mortos, além de devastar várias cidades costeiras no Mississippi (sul) e submergir um terço da cidade de Nova Orleans (Louisiana), após a ruptura dos diques.
Nas imagens, vê-se Brown expressando sua preocupação a Bush em relação à capacidade do Superdome --o estádio fechado de Nova Orleans onde milhares de moradores se abrigaram.
"O Superdome está cerca de 3,6 metros abaixo do nível do mar (...) não sei se o teto está concebido para resistir a um furacão de categoria 5", disse ele.
Resposta
Na gravação, Bush aparece em seu rancho em Crawford (Texas). Durante a teleconferência, o presidente não faz uma única pergunta, limitando-se a dizer: "Estamos completamente preparados".
"Enviaremos todos os nossos recursos e os meios necessários de que dispomos após o furacão", garantiu.
Alguns dias após o furacão, o presidente americano comentou que ninguém poderia ter previsto seu impacto, assim como a ruptura dos diques em Nova Orleans. Em 23 de fevereiro passado, porém, a Casa Branca assumiu a resposta tardia ao desastre.
O relatório chamado "A resposta federal ao furacão Katrina: lições aprendidas" afirma que o desastre de Nova Orleans "expôs as falhas significativas na nossa preparação para eventos catastróficos e na capacidade [do governo americano] para enfrentá-los".
Bush, que realiza uma visita pelo sul da Ásia, não comentou a gravação exibida pela AP, do mesmo modo que a Casa Branca.
Washington só enviou tropas federais à Louisiana dias após a passagem do furacão, devido às discussões com a governadora Kathleen Blanco sobre quem teria autoridade sobre as forças estaduais.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o furacão Katrina
Leia o que já foi publicado sobre George W. Bush
Bush sabia de poder de destruição do furacão Katrina, mostra vídeo
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da Folha Online
O presidente americano, George W. Bush, foi alertado pela Fema (Agência Federal de Gestão de Crise) da magnitude do furacão Katrina um dia antes que este devastasse a costa sul dos EUA, de acordo com uma gravação divulgada nesta quarta-feira pela agência de notícias Associated Press.
No trecho em questão, durante uma videoconferência ao lado do presidente Bush e do secretário de Segurança Interna, Michael Chertoff, em 28 de agosto, um dia antes do desastre, o então diretor da Fema, Michael Brown, aparece afirmando que o furacão seria "enorme".
"Este é um bem grande", alertou Michael Brown, um dia antes que o Katrina tocasse a terra, deixando mais de 1.300 mortos, além de devastar várias cidades costeiras no Mississippi (sul) e submergir um terço da cidade de Nova Orleans (Louisiana), após a ruptura dos diques.
Nas imagens, vê-se Brown expressando sua preocupação a Bush em relação à capacidade do Superdome --o estádio fechado de Nova Orleans onde milhares de moradores se abrigaram.
"O Superdome está cerca de 3,6 metros abaixo do nível do mar (...) não sei se o teto está concebido para resistir a um furacão de categoria 5", disse ele.
Resposta
Na gravação, Bush aparece em seu rancho em Crawford (Texas). Durante a teleconferência, o presidente não faz uma única pergunta, limitando-se a dizer: "Estamos completamente preparados".
"Enviaremos todos os nossos recursos e os meios necessários de que dispomos após o furacão", garantiu.
Alguns dias após o furacão, o presidente americano comentou que ninguém poderia ter previsto seu impacto, assim como a ruptura dos diques em Nova Orleans. Em 23 de fevereiro passado, porém, a Casa Branca assumiu a resposta tardia ao desastre.
O relatório chamado "A resposta federal ao furacão Katrina: lições aprendidas" afirma que o desastre de Nova Orleans "expôs as falhas significativas na nossa preparação para eventos catastróficos e na capacidade [do governo americano] para enfrentá-los".
Bush, que realiza uma visita pelo sul da Ásia, não comentou a gravação exibida pela AP, do mesmo modo que a Casa Branca.
Washington só enviou tropas federais à Louisiana dias após a passagem do furacão, devido às discussões com a governadora Kathleen Blanco sobre quem teria autoridade sobre as forças estaduais.
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