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13/04/2006
-
08h24
da Efe, em Teerã
da Folha Online
O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, afirmou que seu país não voltará atrás em seu programa nuclear e considerou "inegociável" o direito de o povo iraniano possuir tecnologia atômica, segundo informa nesta quinta-feira a agência Irna.
"Nossa situação mudou completamente. Agora somos um país nuclear e falaremos com os demais Estados como um país nuclear", declarou Ahmadinejad.
As declarações de Ahmadinejad foram feitas no mesmo dia em que o diretor-geral da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica), o egípcio Mohammed El Baradei, deve iniciar suas negociações em Teerã para convencer o governo iraniano a suspender o enriquecimento de urânio.
Ahmadinejad reafirmou que o programa de seu país tem fins pacíficos e que não viola os princípios da legislação internacional.
"Ninguém tem direito a se colocar como obstáculo no caminho que escolhemos", acrescentou.
"A produção de combustível nuclear não se contradiz com os princípios da AIEA, e a tecnologia nuclear para fins pacíficos não constituirá nenhuma ameaça para qualquer país", argumentou o presidente do Irã.
"Não aceitaremos a injustiça em relação a qualquer outro país e não permitiremos que seja praticada contra nós", afirmou.
O presidente do Irã anunciou na terça-feira (11) que Teerã tinha completado o ciclo de produção de combustível nuclear, o primeiro passo no processo de enriquecimento de urânio.
Além disso, o vice-diretor da Organização Iraniana de Energia Atômica, Mohamad Saidi, anunciou ontem que seu país começará a enriquecer urânio em grande escala, apesar das crescentes pressões da comunidade internacional.
El Baradei expressou seu otimismo sobre sua visita ao Irã na madrugada desta quinta-feira (noite de quarta-feira no Brasil) no aeroporto internacional de Teerã.
"O momento é adequado para uma solução política e o caminho é a negociação", declarou El Baradei no início da vista para que tentar convencer o Irã a suspender o enriquecimento de urânio.
O diretor-geral da AIEA se reúne nesta quinta-feira com o secretário do Conselho de Segurança Nacional, Ali Larijani, chefe dos negociadores na questão nuclear iraniana, e com o diretor da Organização Iraniana de Energia Atômica, Gholamreza Aghazadeh.
"Esperamos convencer o Irã a adotar medidas que promovam a confiança, incluindo a suspensão das atividades de enriquecimento de urânio", disse El Baradei ao chegar a Teerã.
O Conselho de Segurança (CS) da ONU aprovou um comunicado no dia 29 de março no qual exige que o Irã interrompa as atividades de enriquecimento até 28 de abril, mas sem a ameaça de sanções.
Antes do final do prazo, o El Baradei deverá informar o CS e a AIEA se o Irã cumpriu com suas obrigações.
No entanto, a julgar pelas declarações de Ahmadinejad, nada indica que Teerã está disposto a seguir as diretrizes dos organismos internacionais.
O anúncio do Irã de que suas atividades têm apenas objetivos civis provocaram uma onda de críticas internacionais.
A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, pediu nesta quarta-feira que o CS adote "medidas fortes" para responder à atitude do Irã. Rice, no entanto, não chegou a sugerir uma reunião de emergência dos 15 membros do conselho. A fala de Rice foi realçada pelo porta-voz do Departamento de Estado americano, Sean McCormack, que disse que a pressão sobre o Irã vai aumentar.
Com agências internacionais
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da Folha Online
O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, afirmou que seu país não voltará atrás em seu programa nuclear e considerou "inegociável" o direito de o povo iraniano possuir tecnologia atômica, segundo informa nesta quinta-feira a agência Irna.
"Nossa situação mudou completamente. Agora somos um país nuclear e falaremos com os demais Estados como um país nuclear", declarou Ahmadinejad.
As declarações de Ahmadinejad foram feitas no mesmo dia em que o diretor-geral da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica), o egípcio Mohammed El Baradei, deve iniciar suas negociações em Teerã para convencer o governo iraniano a suspender o enriquecimento de urânio.
20.jan.2006/Reuters |
Mahmoud Ahmadinejad, presidente do Irã |
"Ninguém tem direito a se colocar como obstáculo no caminho que escolhemos", acrescentou.
"A produção de combustível nuclear não se contradiz com os princípios da AIEA, e a tecnologia nuclear para fins pacíficos não constituirá nenhuma ameaça para qualquer país", argumentou o presidente do Irã.
"Não aceitaremos a injustiça em relação a qualquer outro país e não permitiremos que seja praticada contra nós", afirmou.
O presidente do Irã anunciou na terça-feira (11) que Teerã tinha completado o ciclo de produção de combustível nuclear, o primeiro passo no processo de enriquecimento de urânio.
Além disso, o vice-diretor da Organização Iraniana de Energia Atômica, Mohamad Saidi, anunciou ontem que seu país começará a enriquecer urânio em grande escala, apesar das crescentes pressões da comunidade internacional.
El Baradei expressou seu otimismo sobre sua visita ao Irã na madrugada desta quinta-feira (noite de quarta-feira no Brasil) no aeroporto internacional de Teerã.
"O momento é adequado para uma solução política e o caminho é a negociação", declarou El Baradei no início da vista para que tentar convencer o Irã a suspender o enriquecimento de urânio.
O diretor-geral da AIEA se reúne nesta quinta-feira com o secretário do Conselho de Segurança Nacional, Ali Larijani, chefe dos negociadores na questão nuclear iraniana, e com o diretor da Organização Iraniana de Energia Atômica, Gholamreza Aghazadeh.
"Esperamos convencer o Irã a adotar medidas que promovam a confiança, incluindo a suspensão das atividades de enriquecimento de urânio", disse El Baradei ao chegar a Teerã.
O Conselho de Segurança (CS) da ONU aprovou um comunicado no dia 29 de março no qual exige que o Irã interrompa as atividades de enriquecimento até 28 de abril, mas sem a ameaça de sanções.
Antes do final do prazo, o El Baradei deverá informar o CS e a AIEA se o Irã cumpriu com suas obrigações.
No entanto, a julgar pelas declarações de Ahmadinejad, nada indica que Teerã está disposto a seguir as diretrizes dos organismos internacionais.
O anúncio do Irã de que suas atividades têm apenas objetivos civis provocaram uma onda de críticas internacionais.
A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, pediu nesta quarta-feira que o CS adote "medidas fortes" para responder à atitude do Irã. Rice, no entanto, não chegou a sugerir uma reunião de emergência dos 15 membros do conselho. A fala de Rice foi realçada pelo porta-voz do Departamento de Estado americano, Sean McCormack, que disse que a pressão sobre o Irã vai aumentar.
Com agências internacionais
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