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04/05/2006
-
13h13
da Efe, em Washington
Embora a região de Darfur e o Sudão tenham aparecido com freqüência no noticiário dos Estados Unidos, mais da metade dos jovens americanos não sabe que o país pertence ao continente africano nem, o que é pior, onde Nova York fica localizada no mapa.
Em uma pesquisa elaborada pela National Geographic com jovens entre 18 e 24 anos, 20% dos entrevistados situaram o Sudão na Ásia e outros 10% disseram que o país fica na Europa.
Mesmo com a Guerra do Iraque, apenas cerca de 37% dos jovens sabiam localizar o país árabe, onde se encontram 120 mil soldados americanos. A pesquisa foi realizada com 510 pessoas, entrevistas pelo Instituto Roper.
As conclusões do estudo, segundo os pesquisadores, é simples: os jovens dos EUA não estão preparados para um futuro cada vez mais globalizado. Segundo o diretor-executivo da Associação de Geógrafos Americanos, Douglas Richardson, os resultados 'são alarmantes'.
Em 2002, a National Geographic elaborou uma pesquisa similar entre jovens de nove países -- entre os quais França, Japão e México. Na ocasião, apenas os resultados do México foram piores que os dos Estados Unidos.
"É desalentador que tantos jovens dos EUA tenham tão pouco conhecimento sobre o resto do mundo", disse Robert Pastor, vice-presidente de Assuntos Internacionais da American University, em Washington.
Nova York
A enquete revelou que os jovens americanos também desconhecem a geografia do seu próprio país. A metade dos entrevistados foi incapaz de localizar o Estado de Nova York em um mapa dos EUA, e um terço não soube dizer onde está Louisiana, o estado que sofreu com a passagem do furacão Katrina no ano passado.
Três em cada dez responderam que a população de seu país se situa entre um e dois milhões de pessoas, quando na realidade ronda os 300 milhões, segundo o último censo.
Segundo a pesquisa, menos de um terço dos jovens acha que é necessário saber onde estão os países que aparecem nas notícias, e apenas 14% disseram que falar uma língua estrangeira é uma 'habilidade necessária'.
Dificilmente os jovens americanos encontrarão inspiração no presidente do país, George W. Bush, que, em um de seus discursos, disse aos alunos da universidade de Yale que passaram de ano raspando: "Não se preocupem, vocês também podem chegar à Presidência dos Estados Unidos".
Globalização
Richardson considera que o conhecimento geográfico é essencial para adaptar-se a um mundo em constante globalização. "Agora necessitamos incluir as bases do conhecimento geográfico nos colégios", disse.
A enquete também revelou outros dados positivos, como a percentagem de jovens que utilizam internet, que aumentou de 11% para 27% desde o estudo anterior, realizado em 2002.
A rede mundial de computadores parece atuar como uma "janela para o mundo" para os que navegam, porque os resultados foram melhores entre os jovens que acessam a internet.
Em oposição ao fraco índice de conhecimento geográfico, os jovens americanos demonstraram saber razoavelmente como utilizar um mapa para operações simples de navegação e citaram fatos da atualidade como a origem da gripe aviária na Ásia.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre jovens americanos
Pesquisa revela que jovens americanos "ignoram" resto do mundo
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Embora a região de Darfur e o Sudão tenham aparecido com freqüência no noticiário dos Estados Unidos, mais da metade dos jovens americanos não sabe que o país pertence ao continente africano nem, o que é pior, onde Nova York fica localizada no mapa.
Em uma pesquisa elaborada pela National Geographic com jovens entre 18 e 24 anos, 20% dos entrevistados situaram o Sudão na Ásia e outros 10% disseram que o país fica na Europa.
Mesmo com a Guerra do Iraque, apenas cerca de 37% dos jovens sabiam localizar o país árabe, onde se encontram 120 mil soldados americanos. A pesquisa foi realizada com 510 pessoas, entrevistas pelo Instituto Roper.
As conclusões do estudo, segundo os pesquisadores, é simples: os jovens dos EUA não estão preparados para um futuro cada vez mais globalizado. Segundo o diretor-executivo da Associação de Geógrafos Americanos, Douglas Richardson, os resultados 'são alarmantes'.
Em 2002, a National Geographic elaborou uma pesquisa similar entre jovens de nove países -- entre os quais França, Japão e México. Na ocasião, apenas os resultados do México foram piores que os dos Estados Unidos.
"É desalentador que tantos jovens dos EUA tenham tão pouco conhecimento sobre o resto do mundo", disse Robert Pastor, vice-presidente de Assuntos Internacionais da American University, em Washington.
Nova York
A enquete revelou que os jovens americanos também desconhecem a geografia do seu próprio país. A metade dos entrevistados foi incapaz de localizar o Estado de Nova York em um mapa dos EUA, e um terço não soube dizer onde está Louisiana, o estado que sofreu com a passagem do furacão Katrina no ano passado.
Três em cada dez responderam que a população de seu país se situa entre um e dois milhões de pessoas, quando na realidade ronda os 300 milhões, segundo o último censo.
Segundo a pesquisa, menos de um terço dos jovens acha que é necessário saber onde estão os países que aparecem nas notícias, e apenas 14% disseram que falar uma língua estrangeira é uma 'habilidade necessária'.
Dificilmente os jovens americanos encontrarão inspiração no presidente do país, George W. Bush, que, em um de seus discursos, disse aos alunos da universidade de Yale que passaram de ano raspando: "Não se preocupem, vocês também podem chegar à Presidência dos Estados Unidos".
Globalização
Richardson considera que o conhecimento geográfico é essencial para adaptar-se a um mundo em constante globalização. "Agora necessitamos incluir as bases do conhecimento geográfico nos colégios", disse.
A enquete também revelou outros dados positivos, como a percentagem de jovens que utilizam internet, que aumentou de 11% para 27% desde o estudo anterior, realizado em 2002.
A rede mundial de computadores parece atuar como uma "janela para o mundo" para os que navegam, porque os resultados foram melhores entre os jovens que acessam a internet.
Em oposição ao fraco índice de conhecimento geográfico, os jovens americanos demonstraram saber razoavelmente como utilizar um mapa para operações simples de navegação e citaram fatos da atualidade como a origem da gripe aviária na Ásia.
Especial
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