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10/05/2006 - 06h31

Estudo mostra tendência racista da pena de morte nos EUA

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da Efe, em Stanford

Um estudo da Universidade de Stanford, na Califórnia, concluiu que, quanto mais escura a pele de um negro acusado de assassinar um branco nos EUA, maior a sua chance de ser condenado à morte.

A pesquisa é mais um estudo a apontar que a pena de morte, restabelecida em 1976 nos EUA, é aplicada com critérios racistas, principalmente no sul do país.

No seu estudo, os cientistas da Universidade de Stanford pediram a estudantes brancos e asiáticos que analisassem os traços faciais de negros processados por assassinato na Filadélfia durante os últimos 20 anos. Os participantes, em 57,5% dos casos, 'condenaram' à morte os homens que mostravam pele mais escura.

No entanto, só 24,4% dos implicados em casos semelhantes, mas considerados pelos estudantes como negros de tez mais clara, receberam a pena capital.

Segundo Jennifer Eberhardt, psicóloga que participou da pesquisa, as conclusões sugerem que os júris inconscientemente usam a cor da pele para estabelecer a gravidade de um crime e da pena.

Para dar mais equilíbrio ao estudo, os pesquisadores também pediram aos estudantes que analisassem as características faciais de 118 negros processados por assassinar outros negros e não encontraram qualquer relação entre suas características e as penas, disse Eberhardt.

Segundo dados do Centro de Informação sobre a Pena de Morte, dos 1.022 executados desde 1976, 349 (34%) eram negros.

Nos EUA, os negros constituem 13% da população, segundo os números do último censo. A maior parte da população negra se concentra nos estados do sul.

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