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23/06/2006
-
20h25
da France Presse, em Miami
Cinco dos sete homens acusados de pertencer a uma célula terrorista nos Estados Unidos foram apresentados nesta sexta-feira à Justiça de Miami, que os investiga por orquestrar um suposto complô contra a Torre Sears de Chicago e outros alvos na Flórida.
Um dos sete suspeitos compareceu a um tribunal federal de Atlanta (sudeste), onde foi detido, e o sétimo não apareceu, por estar preso em Miami por um caso não relacionado à conspiração.
Dos sete, cinco são americanos e dois, estrangeiros.
Os homens integravam um grupo religioso que se fazia chamar Mares de David, misturando crenças judaicas, cristãs e islâmicas, segundo Sylvain Plantain, primo de um dos detidos --Stanley Grant Phanor, 31.
Eles foram capturados por jurar lealdade, presumivelmente, à Al Qaeda, depois que seu líder, Narseal Batiste, se aproximou, em dezembro de 2005, de um homem, provavelmente um policial, que se fez passar por membro da rede terrorista. Esse homem dizia que estava armando um "Exército islâmico" para uma guerra santa contra os Estados Unidos.
Ajuda da Al Qaeda
Segundo as acusações, Batiste teria entregue ao suposto contacto com a Al Qaeda uma lista pedindo equipamento de guerra para um atentado "tão bom ou melhor que o usado no 11/9 [em referência aos ataques de 11 de setembro de 2001] para matar "todos os diabos que pudermos".
Os suspeitos enfrentam quatro acusações por conspiração terrorista, entre elas por atentar contra a Torre Sears de Chicago --o edifício mais alto do país-- e um prédio do FBI (polícia federal dos EUA) em North Miami Beach.
Batiste também teria discutido planos para atentar contra sedes do FBI em cinco cidades diferentes.
O subdiretor do FBI, John Pistole, qualificou as detenções de "um passo importante na guerra contra o terrorismo aqui em Miami".
O promotor federal em Miami, Alexander Acosta, por sua vez, disse que "certamente tinham a intenção" de realizar um ataque, e que sua missão é "identificar e destruir estas células".
A irmã de Phanor, Marlene Phanor, disse que as detenções fazem parte de um "espetáculo" para assustar os cidadãos.
"Eles nada sabem sobre ameaças com bombas e violência, nada disso", afirmou.
"Novo terrorismo"
O secretário de Justiça dos Estados Unidos, Alberto Gonzales, destacou a existência presumível de ameaças feitas por pequenos grupos dentro dos Estados Unidos que acabaram criando um "novo tipo de terrorismo".
"Atualmente, as ameaças terroristas podem vir de pequenas células (...) não vinculadas à Al Qaeda, mas que se inspiram em sua mensagem de violência". Na opinião dele, "se não tomarmos as medidas preventivas pertinentes, estes terroristas locais podem ser tão perigosos quanto os dos grupos da Al Qaeda".
Marlene Phanor disse que seu irmão estava "furioso" com o ocorrido no 11 de Setembro, mas também com o governo George W. Bush "que nos envia para todas estas guerras".
Líderes islâmicos na Flórida negaram que os detidos tenham qualquer relação com a comunidade muçulmana local, e descreveram o grupo como uma espécie de integrantes de um "culto".
A opinião foi reforçada por Ahmed Bedier, do Conselho de Relações Americano-Islâmicas da Flórida.
Os detidos "não têm relações com nossa comunidade, sua ideologia nada tem de comum com a do islã e não devem ser chamados muçulmanos", disse Bedier, que se mostrou preocupado em relação a represálias contra a comunidade muçulmana dos Estados Unidos depois das detenções.
"Isto já ocorreu no passado. Pedimos aos responsáveis pela lei e a ordem no país que nos ajudem a prevenir qualquer represália", acrescentou outro líder do grupo, Areeb Naseer.
Segundo as autoridades, na operação realizada na noite de quinta-feira não foram encontradas armas nem explosivos.
A operação foi realizada no bairro de Liberty City, epicentro de sérios distúrbios raciais nos anos 80, e onde os detidos supostamente se reuniam num "templo" que, na realidade, era apenas um pequeno armazém.
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Suspeitos de planejar atentados são apresentados à Justiça dos EUA
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Cinco dos sete homens acusados de pertencer a uma célula terrorista nos Estados Unidos foram apresentados nesta sexta-feira à Justiça de Miami, que os investiga por orquestrar um suposto complô contra a Torre Sears de Chicago e outros alvos na Flórida.
Um dos sete suspeitos compareceu a um tribunal federal de Atlanta (sudeste), onde foi detido, e o sétimo não apareceu, por estar preso em Miami por um caso não relacionado à conspiração.
Dos sete, cinco são americanos e dois, estrangeiros.
Os homens integravam um grupo religioso que se fazia chamar Mares de David, misturando crenças judaicas, cristãs e islâmicas, segundo Sylvain Plantain, primo de um dos detidos --Stanley Grant Phanor, 31.
Eles foram capturados por jurar lealdade, presumivelmente, à Al Qaeda, depois que seu líder, Narseal Batiste, se aproximou, em dezembro de 2005, de um homem, provavelmente um policial, que se fez passar por membro da rede terrorista. Esse homem dizia que estava armando um "Exército islâmico" para uma guerra santa contra os Estados Unidos.
Ajuda da Al Qaeda
Segundo as acusações, Batiste teria entregue ao suposto contacto com a Al Qaeda uma lista pedindo equipamento de guerra para um atentado "tão bom ou melhor que o usado no 11/9 [em referência aos ataques de 11 de setembro de 2001] para matar "todos os diabos que pudermos".
Os suspeitos enfrentam quatro acusações por conspiração terrorista, entre elas por atentar contra a Torre Sears de Chicago --o edifício mais alto do país-- e um prédio do FBI (polícia federal dos EUA) em North Miami Beach.
Batiste também teria discutido planos para atentar contra sedes do FBI em cinco cidades diferentes.
O subdiretor do FBI, John Pistole, qualificou as detenções de "um passo importante na guerra contra o terrorismo aqui em Miami".
O promotor federal em Miami, Alexander Acosta, por sua vez, disse que "certamente tinham a intenção" de realizar um ataque, e que sua missão é "identificar e destruir estas células".
A irmã de Phanor, Marlene Phanor, disse que as detenções fazem parte de um "espetáculo" para assustar os cidadãos.
"Eles nada sabem sobre ameaças com bombas e violência, nada disso", afirmou.
"Novo terrorismo"
O secretário de Justiça dos Estados Unidos, Alberto Gonzales, destacou a existência presumível de ameaças feitas por pequenos grupos dentro dos Estados Unidos que acabaram criando um "novo tipo de terrorismo".
"Atualmente, as ameaças terroristas podem vir de pequenas células (...) não vinculadas à Al Qaeda, mas que se inspiram em sua mensagem de violência". Na opinião dele, "se não tomarmos as medidas preventivas pertinentes, estes terroristas locais podem ser tão perigosos quanto os dos grupos da Al Qaeda".
Marlene Phanor disse que seu irmão estava "furioso" com o ocorrido no 11 de Setembro, mas também com o governo George W. Bush "que nos envia para todas estas guerras".
Líderes islâmicos na Flórida negaram que os detidos tenham qualquer relação com a comunidade muçulmana local, e descreveram o grupo como uma espécie de integrantes de um "culto".
A opinião foi reforçada por Ahmed Bedier, do Conselho de Relações Americano-Islâmicas da Flórida.
Os detidos "não têm relações com nossa comunidade, sua ideologia nada tem de comum com a do islã e não devem ser chamados muçulmanos", disse Bedier, que se mostrou preocupado em relação a represálias contra a comunidade muçulmana dos Estados Unidos depois das detenções.
"Isto já ocorreu no passado. Pedimos aos responsáveis pela lei e a ordem no país que nos ajudem a prevenir qualquer represália", acrescentou outro líder do grupo, Areeb Naseer.
Segundo as autoridades, na operação realizada na noite de quinta-feira não foram encontradas armas nem explosivos.
A operação foi realizada no bairro de Liberty City, epicentro de sérios distúrbios raciais nos anos 80, e onde os detidos supostamente se reuniam num "templo" que, na realidade, era apenas um pequeno armazém.
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