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07/07/2006 - 14h38

Reino Unido lembra um ano de ataques terroristas em Londres

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da Folha Online

O Reino Unido lembrou nesta sexta-feira o primeiro aniversário dos ataques terroristas de 7 de julho contra o sistema de transportes de Londres --que mataram 52 pessoas e feriram outras 700.

Quatro velas foram acesas na Catedral de St. Paul --uma para cada atentado e cada uma no momento exato de cada explosão. Flores e velas foram deixados nos locais onde ocorreram as quatro explosões. Ao meio-dia (8h de Brasília), todo o país ficou em silêncio por dois minutos.

"É um momento em que nosso país deve se unir parar mostrar solidariedade àqueles que sofreram e defender os valores que nós dividimos", afirmou o premiê britânico Tony Blair.

Efe
Londrinos colocam pétalas de flores em memória de vítimas de ataques no Regents Park
Às 11h (7h de Brasília), foram colocadas placas em memória das vítimas nos locais onde houve explosões. A ministra da Cultura, Tessa Jowell, e o prefeito de Londres, Ken Livingstone, devem passar por dois locais onde houve explosões e deixar flores.

Livingstone também participou de uma missa realizada em Tavistock Square, no centro da cidade, onde o suicida Hasib Hussain, 18, detonou sua bomba dentro de um ônibus.

A principal cerimônia teve início às 18h (14h de Brasília) no Regents Park, com a montagem de um memorial feito de cravos vermelhos que ficará exposto durante todo o final de semana.

As homenagens também incluirão cânticos de um coro de Londres e discursos de familiares das vítimas e sobreviventes dos atentados.

Preconceito

Para muitos londrinos, os ataques abalaram a convicção de que culturas diferentes podem conviver pacificamente em uma cidade cosmopolita como Londres.

Os quatro suicidas -- Shehzad Tanweer, 22, Mohammed Sidique Khan, 30, Hasib Hussain, 18, e Germaine Lindsay, 19-- eram moradores de Leeds, região que concentra pessoas de várias etnias localizada 320 km ao norte de Londres.

"Hoje é um dia muito triste", afirmou Paul Dadge, técnico em computação cuja imagem ajudando um sobrevivente dos ataques foi estampada em jornais de todo o mundo há um ano. "É também um dia que marca aqueles que perderam pessoas queridas nos atentados".

Desde os ataques, muçulmanos se queixam de terem se tornado alvo de preconceitos devido à sua aparência ou religião. "Depois dos ataques de 11 de Setembro, eu chorava todos os dias quando as pessoas se recusavam a entrar em meu carro porque sou paquistanês", afirmou Idris Raja, taxista que mora no Reino Unido há 41 anos.

"Depois dos ataques do ano passado [em Londres], o mesmo aconteceu. "Somos julgados o tempo todo, de diversas formas", afirma.

Explosões

As três bombas explodiram no metrô londrino há um ano com poucos segundos de intervalo, às 8h50 (4h50 no horário de Brasília). Houve um intervalo de 50 segundos entre as explosões.

A primeira bomba foi detonada em um metrô da linha Circle, entre as estações de Aldgate e Liverpool Street. Depois, outra bomba explodiu em Edgware Road, a oeste de Londres.

Por último, uma terceira explosão aconteceu na linha Piccadilly, entre as estações de King's Cross e Russell Square, no centro da cidade.

A quarta explosão, que aconteceu dentro de um ônibus de dois andares em Tavistock Square ocorreu às 9h47 (5h47 no horário de Brasília).

Falhas

Um ano após a tragédia, apesar de a polícia britânica ter ouvido o depoimento de mais de 10 mil pessoas e seguido mais de 12 mil pistas, nenhuma acusação formal foi feita a suspeitos de envolvimento com os ataques.

O governo britânico admitiu saber pouco sobre a motivação, o treinamento e a forma de organização dos terroristas, além de seu suposto envolvimento com a rede Al Qaeda.

Um relatório publicado nesta terça-feira pela Assembléia de Londres aponta que houve "falha na comunicação", falta de equipamentos e de planejamento no socorro às vítimas dos ataques.

O documento elogia a ação das equipes de resgate, mas também traz 54 recomendações e faz duras críticas às dificuldades que, "após os ataques de 11 de Setembro [em Nova York], jamais deveriam ser enfrentadas".

O relatório também questiona a comunicação entre os serviços de emergência e os serviços de controle do metrô. Segundo o documento, uma comunicação mais eficiente teria "reduzido o período de incerteza sobre a localização e a natureza dos eventos".

Com agências internacionais

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