Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Acontece

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Teatro Para Alguém faz primeira mostra com suas webpeças

Cinco trabalhos apresentados simultaneamente no palco e na internet sintetizam trajetória de pesquisa do grupo

Há quatro anos a companhia investiga novas linguagens por meio da mistura entre teatro e cinema

Lenise Pinheiro/Folhapress
Atrizes Guta Ruiz (esq.) e Gabrielle Lopez são filmadas em webpeça que estará na mostra
Atrizes Guta Ruiz (esq.) e Gabrielle Lopez são filmadas em webpeça que estará na mostra
GABRIELA MELLÃO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Depois de quatro anos de atividade e mais de 80 webpeças criadas, o Teatro para Alguém (TPA) realiza sua primeira mostra, constituída por cinco obras.

O evento pode ser acompanhado tanto ao vivo quanto virtualmente, pelo site www.teatroparaalguem.com.br.

A abertura acontece hoje, às 20h, com "Sapato e Porta-Retrato". Escrita por Luise Coheh e dirigida por Yara de Novaes, a webpeça apresenta a dificuldade de duas pessoas em lidar com suas diferenças.

Antonio Prata, colunista da Folha, assina "O Arthur", solo que pode ser visto amanhã sobre a saga de um delinquente: da primeira infância, quando Arthur rasga o sofá da mãe, à maturidade.

Produzida originalmente em novembro de 2008, esta foi a primeira webpeça encenada pelo Teatro Para Alguém. Na mostra, ela é protagonizada por Iara Jamra e dirigida por Renata Jesion, que, ao lado de Nelson Kao, é idealizadora da trupe.

As cinco obras selecionadas foram recriadas especialmente para a mostra. Reúnem artistas tarimbados do palco como Maria Alice Vergueiro, Gilda Nomacce e o diretor Zé Henrique de Paula.

"Além de essas webpeças que escolhemos terem tido o maior número de acessos no nosso site, elas são capazes de mostrar o caminho que o TPA percorreu durante estes quatro anos e de mostrar a que lugar chegamos na busca por uma nova linguagem", explica Jesion.

ENTRE TEATRO E CINEMA

A revolução tecnológica alterou a maneira de se fazer e consumir arte. Para Jesion, a linguagem cinematográfica não dá conta das novas mídias. Muito menos a teatral. Sua pesquisa é pela invenção de uma nova arte, que interliga cinema e teatro.

No início, o grupo criava webpeças e webséries em plano-sequência, com o apoio de uma câmera de alta definição, dentro de um espaço não convencional específico.

Com o tempo, desenvolveu uma pesquisa por uma linguagem mais sintonizada com as novas formas artísticas da contemporaneidade.

O grupo deixou de se limitar a um espaço definido. Além disso, inseriu uma nova câmera, passou a trabalhar com uma mesa de edição e pode contar com a participação de um VJ, profissional que sobrepõe imagens pré-gravadas a uma webpeça.

Segundo Jesion, sua percepção é a de que, se o TPA iniciou sua pesquisa criando uma linguagem que era predominantemente teatro, hoje realiza um híbrido entre cinema e artes cênicas.

"É uma busca contínua, aberta a todos os artistas que quiserem participar. E a todos os públicos, sem fronteiras. Cada obra feita e publicada no site do grupo é uma tentativa, um experimento, num processo colaborativo aberto e permanente", sintetiza Jesion.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página