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Criadores se juntam para oferecer espaço pedagógico
Centro Internacional de Teatro Ecum inaugura modelo de residência em SP
Na Consolação, casa será gerida por quadro que inclui os diretores Antonio Araújo, Ruy Cortez e Maria Thais
A criação a partir de processos continuados de pesquisa ganhou terreno em São Paulo nos últimos dez anos, em parte por causa das iniciativas públicas que forneceram subsídios a companhias de dança e de teatro.
Uma nova experiência nesse mesmo campo, estimulada agora por um grupo de artistas que ainda estuda possibilidades de subsídio, começa sua trajetória hoje, em um endereço na rua da Consolação, região central de São Paulo, onde até então funcionou o Teatro Coletivo.
Chama-se Centro Internacional de Teatro Ecum (CIT-Ecum) o projeto, gerido por veteranos das artes cênicas. A curadoria inclui os diretores Ruy Cortez (direção artístico-pedagógica), Antonio Araújo e Maria Thais (consultores artístico-pedagógicos).
A proposta é articular pedagogia e criação. A casa vai abrigar palestras e cursos, mas sua principal atividade será dar residências artísticas a grupos profissionais, do Brasil e de outros países.
Segundo Cortez, a intenção é oferecer a artistas a possibilidade de aperfeiçoamento de seus processos de criação, podendo ou não haver, como resultado, a produção de uma obra aberta ao público.
O projeto deriva do Encontro Mundial das Artes Cênicas (Ecum), criado em Belo Horizonte por Guilherme Marques, que assume a direção geral do CIT-Ecum.
Desde 1998, o Ecum teve sete edições, reunindo 20 mil pessoas. Houve palestras ministradas pela francesa Ariane Mnouchkine e pelo italiano Eugenio Barba.
A nova casa abre com uma mostra de trabalhos que já cumpriram temporada. O primeiro espetáculo é "O Homem com a Flor na Boca", da "Trilogia Pirandello", com Cacá Carvalho.
