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Depois do táxi
A onda de aplicativos de celular para chamar táxis deve chegar agora aos motoboys. Ao menos três empresas se preparam para lançar sistemas em que o usuário pode contatar diretamente um motociclista nas redondezas, em vez de ligar para uma agência.
Com aporte de R$ 2 milhões de investidores individuais, a VaiMoto começa a funcionar amanhã em São Paulo. O cliente indica que precisa de um motoboy e o sistema envia um alerta para os motoqueiros --eles precisam ter o aplicativo instalado em seu celular.
Bruno Mendes, 33, diretor de operações, diz que um dos desafios é convencer os profissionais a comprar um smartphone. "Eles não são muito heavy users' de tecnologia", afirma. A empresa fechou acordo com uma loja on-line para dar descontos na compra do aparelho.
Na VaiMoto, o modelo é cobrar R$ 2 do motoboy em cada corrida. Modelo diferente da Mottoman, que começará a o credenciamento dos motociclistas amanhã. A empresa vai cobrar uma taxa de quem pede a entrega (de 15% e 20% do valor do serviço).
Uma das razões para isso, explica o diretor Maurício Kerche Nunes, 41, é que o foco é atender empresas maiores, que "podem pagar de forma mais estruturada".
Já o sistema da Motomap está em testes em São Paulo. O lançamento deve acontecer em um mês.
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Visão do especialista
José Luis Kugler, professor da Fundação Getúlio Vargas
praticidade
Em uma cidade com problemas de mobilidade como São Paulo, esse sistema deve ter público porque permite que o usuário veja onde está o motoboy e a mercadoria
preço baixo
O duro é obter retorno financeiro. Com várias empresas surgindo ao mesmo tempo, vai haver uma guerra de preços. O empresário vai sofrer para se sustentar até conseguir usuários suficientes