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Clube da luta

Boxe entre executivos acirra rivalidade entre empresas em Tóquio

Executivos que trabalham em Tóquio, no Japão, ganharam a oportunidade de esmurrar uns aos outros em um ringue de boxe. Mas o objetivo é levantar recursos para caridade.

Três sócios criaram na cidade a Executive Fight Night, em que profissionais que atuam em grandes empresas têm a experiência de atuar como boxeadores profissionais, depois de um programa de treino de 12 semanas.

O evento, criado no ano passado, teve sua terceira edição realizada anteontem, com 16 executivos, sendo duas mulheres.

A expectativa era arrecadar US$ 100 mil (R$ 231 mil) para a organização Refugees International Japan, que levanta recursos para refugiados em áreas de conflito. O dinheiro vem da venda de ingressos, que custam até US$ 450 (R$ 1.040), e de patrocínio.

Dave Thomas, 42, que é vice-presidente de marketing da Adidas no Japão e um dos organizadores da competição, conta que, na hora de decidir quem luta com quem, o principal critério são as habilidades, o peso e a idade dos lutadores, mas a empresa em que eles trabalham também é levada em consideração.

"É interessante ver dois caras do setor financeiro se batendo", diz. "Ao contrário de outras competições, em que há rivalidade entre países ou pessoas, nesse caso há muita disputa entre empresas."

Mirhat Alykulov, 30, operador da Bolsa na corretora Nittan Capital, diz que a disputa fica mais no âmbito corporativo, e não tanto no pessoal. "O fato de nós [os lutadores] trabalharmos no mesmo setor aumenta a rivalidade, mas só para as pessoas que das nossas empresas."

E, como em qualquer luta, os executivos podem ter de lidar com o peso da derrota. Alykulov, que lutou na primeira edição da competição, conta que foi derrotado por ter "perdido o foco". "Eu não segui o plano e tudo o que fiz foi balançar os braços sem pensar", analisa.

De acordo com Thomas, participar do programa também é uma oportunidade de os executivos ficarem mais conhecidos dentro das corporações. "A gente tem presidentes-executivos que vêm de Londres e de Cingapura para ver um lutador da sua empresa. Isso pode ajudar o executivo a ser mais notado." Mas, para o japonês Yusuke Toyama, 45, o que vale mais é o desafio de se expor --cerca de 500 pessoas costumam assistir às lutas. "

Trabalho sentado em uma mesa há muito tempo, então queria tentar algo novo. Isso me ajudou a me exercitar física e mentalmente tanto para a luta quanto para a vida."

Toyama diz que, no evento de sexta-feira, estava lutando por "alguém especial". Dias antes de entrar no ringue, ele disse à Folha que iria pedir a namorada em casamento se vencesse sua luta. E ele ganhou.


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