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Ciência + Saúde

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Projeto inicial estuda retina de camundongo

EM WASHINGTON

Diante da enormidade do cérebro humano, a equipe de Sebastian Seung, do MIT, decidiu atacar o desafio de mapear os neurônios começando por um camundongo.

O jogo Eyewire, por enquanto, mapeia apenas a retina do animal --daí o nome, que significa "fiação dos olhos" em inglês.

Os neurônios da retina são parte do sistema nervoso central e são considerados parte do cérebro. "Uma retina de camundongo típica tem alguns milhões de neurônios", diz Jinseop Kim, neurocientista envolvido no projeto.

Ele explica que essa estrutura ocupa cerca de 4 mm3, enquanto o cérebro humano tem cerca de 1.200 cm3, um volume 300 mil vezes maior.

A esperança de usar a tecnologia para mapear os neurônios humanos, segundo os cientistas, está na expectativa de desenvolver uma inteligência artificial melhor. O trabalho humano, então, passaria a ser usado apenas nos casos mais difíceis.

Amy Robinson, cientista colaboradora do projeto, diz crer que o número de usuários do jogo pode crescer. O game Foldit, que inspirou o Eyewire, foi pioneiro em arregimentar leigos para ajudar cientistas e tem mais de 460 mil usuários. Seu objetivo é ajudar bioquímicos a desvendar a estrutura de proteínas.

O portal de "ciência cidadã" Zooniverse, que agrega iniciativas semelhantes em outras áreas da ciência, já tem 800 mil inscritos.

Jogar o Eyewire pode ser divertido, mas alguns usuários não o consideram propriamente um videogame. "Ele é mais um trabalho voluntário do que um jogo, mas é um bom passatempo", diz Ricardo Missel, empresário da área eletroquímica que hoje é o brasileiro com melhor pontuação no jogo.

"Ele é gratificante porque permite a você ajudar uma equipe que levaria 100 milhões de horas para fazer uma coisa dessas."

Os criadores do Eyewire já têm como plano uma segunda versão.

"Nosso próximo projeto, um game que deve sair em 2014, mapeará neurônios do córtex olfativo do cérebro de um camundongo para tentar identificar a base biológica de memórias associadas a cheiros", diz Robinson.


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