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País terá 576 mil novos casos de câncer em 2014

Estimativa aponta que tumor de cólon e reto vai superar o de colo do útero em mulheres

JOHANNA NUBLAT DE BRASÍLIA

Estimativa divulgada ontem pelo Ministério da Saúde aponta que o Brasil deverá ter 576.580 novos casos de câncer em 2014.

O estudo é feito pelo Inca (Instituto Nacional de Câncer) com base nos registros de casos e mortalidade.

A estimativa é divulgada a cada dois anos. A anterior, de 2011, apontava para 519 mil casos em 2012 --os dados de quantos ocorreram não estão consolidados.

Do total de casos esperados em 2014, 182 mil são de tumor de pele não melanoma, o mais comum entre homens e mulheres e geralmente de baixa letalidade.

Com exceção desse tumor, o câncer mais frequente entre as mulheres continua sendo o de mama --apenas no Norte, o câncer de colo do útero lidera entre os casos esperados.

Diferentemente dos estudos anteriores, o levantamento de 2013 indica que, entre as mulheres, os casos de câncer de cólon e reto vão ultrapassar os de colo do útero e assumir a segunda posição entre os mais comuns.

"Decidimos criar uma reunião com o comitê de especialistas para ver se não está na hora de o Brasil adotar medidas de rastreamento mais precoce do intestino baixo. Vamos discutir com especialistas a possibilidade de o Brasil adotar campanhas específicas", disse o ministro Alexandre Padilha (Saúde).

Segundo Cláudio Noronha, coordenador de prevenção e vigilância do Inca, alguns países, como Inglaterra e Finlândia, adotam o rastreamento precoce desse tipo de câncer. Uma das maneiras, diz ele, é por meio de um exame que busca sangue nas fezes. A partir dele, é necessário fazer exames mais complexos, como a colonoscopia.

Questionado sobre a capacidade de a rede pública realizar esses exames amplamente, Noronha diz que será necessário investimento.

Já entre os homens,com exceção do tumor de pele não melanoma, o câncer de próstata continua no topo do ranking. Em seguida, vêm o câncer de traqueia, brônquio e pulmão e o de cólon e reto.

"O câncer cresce no Brasil seguindo uma tendência internacional, influenciado pelo envelhecimento da população. Outros fatores de risco também são importantes, e o principal deles é o tabagismo", diz Noronha.

ATRASO NO SISTEMA

Segundo Padilha, o governo prorrogou para 2014 o prazo para que Estados e municípios façam o registro de novos casos de câncer no sistema informatizado nacional lançado neste ano --o prazo original era agosto de 2013.

O objetivo da ferramenta é, entre outros, garantir o respeito ao prazo máximo para o início do tratamento do câncer, de 60 dias a partir do diagnóstico.

"Alguns Estados já vêm usando a ferramenta de forma adequada. A pedido de Estados e municípios, o Ministério da Saúde estabeleceu a obrigatoriedade para 2014."


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