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Ciência + Saúde

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Anvisa suspende uso de lote de antibiótico

Teor do princípio ativo no remédio é inferior

DE SÃO PAULO DE BRASÍLIA

Uma resolução da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) publicada ontem determinou a suspensão da distribuição, do comércio e do uso, em todo o país, do lote 438569 do antibiótico claritromicina 250 mg/5 ml grânulos para suspensão oral, fabricado pelo laboratório EMS.

Segundo a Anvisa, um laudo da Fundação Ezequiel Dias, vinculada à Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, apresentou resultado insatisfatório em análise de teor de princípio ativo no medicamento, que se encontra inferior ao padrão, o que pode acarretar um tratamento deficiente.

A orientação da agência é para que os consumidores não utilizem o produto.

A Anvisa disse não ter informações sobre a quantidade de produtos afetados e sua distribuição pelo país. A EMS também não divulgou esses dados. A agência, porém, determinou que a empresa promova o recolhimento do estoque existente no mercado relativo ao lote em questão.

Segundo o infectologista Caio Rosenthal, do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, o problema é "gravíssimo". A claritromicina, afirma, é usada no tratamento de pneumonias adquiridas na comunidade (e não a hospitalar), nos casos em que o agente infeccioso não é conhecido. O remédio é usado em associação com outro antibiótico.

"Se você não oferecer a dose correta, não vai atingir o microrganismo e vai selecionar as cepas mais resistentes. É como dar uma dose mais baixa do antibiótico."

A utilização de um antibiótico com quantidade mais baixa de princípio ativo pode complicar o quadro da pneumonia, segundo Rosenthal.

A EMS, fabricante do medicamento, informou que já havia iniciado em 24 de outubro de 2013 o recolhimento de forma voluntária do lote referido, fabricado em 03/2012 e com validade até 03/2014

Além disso, o laboratório divulgou que está realizando todos os procedimentos cabíveis junto aos órgãos regulatórios em relação ao recolhimento.


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