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Para aposentado russo, barulho parecia bomba

SHEILA D’AMORIM ENVIADA ESPECIAL A MOSCOU

Passava um pouco das 9h e o dia não estava claro no inverno de Tcheliabinsk, na região dos montes Urais, na Rússia. A temperatura estava abaixo de zero, e o mecânico industrial aposentado Roman Akimovich Klapchuk, 75, tinha acabado de acordar.

Ele e a mulher, Lilia Klapchuk, 79, também aposentada, moram no centro da cidade. De repente, um grande clarão chamou a atenção de Roman, seguido de um estrondo que, segundo ele, "parecia com uma bomba", e do tremor em toda a casa.

Roman conta que estava na sala do pequeno apartamento, num prédio de cinco andares. Lilia estava na cozinha preparando o café da manhã.

O aposentado disse à Folha que a primeira reação foi pensar que havia algum treinamento militar. Tcheliabinsk é uma cidade que abriga grandes indústrias de equipamentos militares e nucleares. A circulação em certas localidades é restrita.

Roman correu para a cozinha e encontrou a mulher. O barulho residual do tremor que abalou a casa era o de janelas quebradas agora.

"Foi tudo numa fração de segundo", disse Roman.

O barulho de vidro estilhaçado preveniu ambos de sair de casa. Roman só se tranquilizou quando a filha de Lilian, Larissa, ligou para a mãe e contou que ela havia visto "algo como um cometa" sobrevoando sua cidade, Urengoi, no norte russo.

Horas depois, a TV e as rádios davam conta de que se tratava de um corpo celeste. Com tudo explicado, Roman procurou o filho que mora em Brasília para contar as novidades. O engenheiro Andrian Klapchuk e correu para contar à mulher o que ocorrera na cidade de seu pai.


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