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Casas evitarão repassar alta do IPTU a cliente

Para especialista da FGV, restaurantes, que devem ter crescimento nulo neste ano, vão diminuir margem de lucro

'Já cortamos muito. Daqui a pouco, não tem para onde fugir', afirma Erik Momo, diretor de associação do setor

MARÍLIA MIRAGAIA DE SÃO PAULO

Donos de restaurantes ouvidos pela Folha se mostraram preocupados com o aumento de até 35% no IPTU que imóveis comerciais sofrerão em São Paulo em 2014.

A medida foi aprovada no fim do mês passado pela Câmara dos Vereadores e está sendo questionada pelo Ministério Público Estadual, que apresentou uma ação para anular a alta.

O aumento coincide com um mau ano para esses empresários: segundo estimativas levantadas pela Folha, bares e restaurante devem ter crescimento nulo neste ano.

"Tivemos uma grande queda de movimento e já cortamos muito. Daqui a pouco, não tem para onde fugir", diz Erik Momo, diretor da ANR (Associação Nacional dos Restaurantes) e um dos donos da rede de pizzarias 1900.

Mesmo assim, Momo diz que "não tem como repassar o aumento ao consumidor".

"É mais uma redução de lucros de um setor que está muito prejudicado", diz Renato Ades, sócio de locais como Ici Bistrô, Tappo Trattoria e Ici Brasserie. Segundo ele, as casas vão tentar absorver o aumento aos poucos.

"Se tivesse de arriscar, diria que grande parte das casas vai reduzir sua margem de lucro" diz Gustavo Andrey Fernandes, professor da FGV.

Isso porque em um cenário econômico longe de estar aquecido "repassar os custos ao consumidor significa perder clientela para quem não aumentar preços", explica.

CUSTO X BENEFÍCIO

"Esse aumento [no IPTU] não justifica o serviço [público] prestado", argumenta Daniela Bravin, dona do Bravin.

Na lista de itens que causam insatisfação aos proprietários estão valores de taxas como a do lixo e dificuldade para conseguir alvarás. "É tudo muito moroso. A burocracia onera o comércio", concorda Momo.


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