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Promotoria diz que SP 'desmonta serviços' para atender viciados

Ministério Público deve anunciar hoje uma ação na Justiça contra o governo paulista

TALITA BEDINELLI DE SÃO PAULO

O Ministério Público Estadual afirma que o governo de São Paulo tirou leitos de pacientes psiquiátricos para atender à demanda de internação de dependentes químicos gerada pelo Cratod (Centro de Referência em Álcool, Tabaco e outras Drogas).

Hoje, a Promotoria deve anunciar ação civil pública para obrigar o governo a "devolver" as vagas e criar mais leitos para dependentes.

Desde 21 de janeiro, quando o Cratod passou a abrigar um plantão com juiz, promotor e advogados para facilitar a internação à força de usuários de droga, o número de viciados em busca de tratamento chegou a aumentar de 4 para 85 por dia. Nesse período, foram mandados para internação cerca de 500 pessoas.

De acordo com o promotor Arthur Pinto Filho, da Saúde Pública, boa parte dos cerca de 700 leitos para internação de viciados anunciados como disponíveis pelo governo em janeiro já estava ocupada no início da ação.

"O número de leitos se mostrou insuficiente. Para conseguir tratamento para todos, a secretaria passou a desmontar serviços públicos importantes como o hospital psiquiátrico Pinel, que tem uma equipe inadequada para atender à nova clientela", afirma o promotor, um dos responsáveis pela ação.

Ele diz que o problema se repetiu na Baixada Santista, onde metade de um hospital voltado para atendimentos psiquiátricos foi reservada para pacientes da cracolândia, que buscavam o Cratod. "Pacientes com patologias mentais sérias ficaram sem conseguir internação", diz.

RESPOSTA

Questionada sobre a destinação de vagas psiquiátricas de equipamentos como o Pinel para dependentes químicos, a Secretaria Estadual da Saúde não respondeu.

A pasta afirmou apenas que, após a implantação do serviço, abriu 304 leitos no Estado, aumentando o total para 1.004 leitos. Segundo a pasta, a expectativa é chegar a 1.300 leitos até 2014.


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