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CET admite situação precária e pede doações

Em apelo incomum no 'Diário Oficial', secretaria diz que órgão precisa até mesmo de TV para monitorar trânsito

Pedido de bens inclui também computadores, num momento em que a receita com multas é recorde --R$ 819 mi

ANDRÉ MONTEIRO DE SÃO PAULO

Responsável pelo trânsito da maior cidade do país, a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) tem mesas e cadeiras em estado precário, computadores obsoletos e falta de TVs para uma de suas principais atividades: monitorar os congestionamentos nas vias de São Paulo.

O diagnóstico é da Secretaria dos Transportes, que fez uma lista de 96 itens e quase 11 mil produtos para suprir as "necessidades de infraestrutura" de órgãos ligados à pasta e decidiu fazer um apelo por meio do "Diário Oficial".

Na publicação, busca interessados em doar os bens.

A pior situação, avalia a pasta, é da própria CET, que precisa, por exemplo, de 3.179 cadeiras e de 17 televisões, de 22 a 50 polegadas, "especialmente para os setores de monitoramento do trânsito".

"O grande número se justifica pela precariedade que se encontra o mobiliário", justifica a secretaria.

A situação ocorre em um momento de arrecadação recorde com as multas de trânsito na cidade de São Paulo.

O crescimento da receita foi de 66% entre 2009 a 2012, atingindo R$ 819 milhões.

O Código de Trânsito Brasileiro diz que os recursos arrecadados com as multas não podem ser desviados para outras áreas, devendo ser aplicados em trânsito --sendo 5% para um fundo nacional.

COMPUTADORES

Além de doações para a CET, a secretaria pediu bens para a própria pasta e para a SPTrans (empresa responsável pelo transporte coletivo).

Entre os pedidos para a companhia de trânsito também estão 756 computadores e 96 notebooks, para "modernização dos computadores que se encontram obsoletos".

"Chega ao ponto de colegas terem que revezar um mesmo computador. O que prejudica, por exemplo, a elaboração de projetos", diz Reno Ali, presidente do sindicato dos agentes da CET.

O calor na sede da empresa, na rua Barão de Itapetininga (centro), é outro problema citado. O edital diz que não há "boas condições de ventilação" e cobra 303 aparelhos de ar-condicionado e 139 ventiladores.


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