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Análise

Dinheiro de multas de trânsito é uma ilusão contábil

EDUARDO BIAVATI ESPECIAL PARA A FOLHA

É um marco da primeira década do século 21 a explosão da arrecadação municipal, estadual e federal com multas de trânsito.

A arrecadação em 2012 (R$ 174,4 milhões no Rio e R$ 819 milhões em São Paulo) é um indicador inquestionável de que nossos gestores investem na tecnologia de fiscalização.

Há quem diga que tudo não passa de uma "indústria da multa", mas a verdade é que somos pouquíssimo fiscalizados no trânsito.

Tão pouco fiscalizados, de fato, que a Prefeitura de São Paulo prevê um acréscimo de R$ 93 milhões na arrecadação de multas em 2013, com a expansão da fiscalização.

O dinheiro não passa, porém, de uma (des)ilusão contábil: a arrecadação não é do órgão de trânsito, mas uma fonte da receita do município, do Estado ou da União.

Para o órgão de trânsito, não costuma retornar nem metade do dinheiro.

Se o dinheiro das multas não patrocina integral e exclusivamente a segurança dos usuários, o que ela patrocina exatamente?

É preciso saber com máxima transparência para onde vai cada real arrecadado.

A desinformação, ao contrário, torna incompreensível, por exemplo, por que sobram tão poucos, pouquíssimos, recursos para a educação para o trânsito, como vem sendo noticiado há vários anos, sem muita repercussão nem emoção.


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