Folha de S.Paulo

Orçamento curto não é obstáculo para viagem

DE SÃO PAULO

Quando decidiram sair pelo mundo, em 2008, Eder Davalo de Rezende Júnior, 39, e Fabiana Fante Guimaro, 31, esbarraram em dificuldades na hora de montar o projeto.

"Esse tipo de viagem não era tão popular. Não havia tantas informações na internet como hoje", afirma Eder.

Depois de um ano e meio de viagem e de terem passado por 37 países, voltaram ao Brasil e, com amigos, passaram a promover encontros mensais para viajantes.

Em cada edição, convidam um viajante para falar sobre o destino visitado e dar dicas para quem gostaria de conhecer o local. Tudo de graça.

O último deles estava marcado para acontecer ontem, em São Paulo. A misteriosa ilha de Páscoa, no Oceano Pacífico, seria o tema da vez.

Eles também montaram um site, o http://quatrocantosdomundo.wordpress.com. Nele, contam sobre a experiência da viagem e dão dicas para quem está planejando.

DICAS

Os viajantes são unânimes em dizer que orçamento curto não é, necessariamente, impedimento para a aventura. Quem quiser gastar menos deve priorizar locais mais baratos, como os países localizados na Ásia meridional, como Indonésia, Índia e Butão.

"Na Ásia é liberado [gastar]. Os preços são ridículos", conta Lívia Aguiar, 26, que criou o site http://eusouatoa.com, para contar a viagem.

Uma diária em um bom hotel três estrelas em Hanói, no Vietnã, por exemplo, pode sair por R$ 20 para dois.

Hotéis, no entanto, não costumam ser as primeiras opções neste tipo de viagem.

Albergues e a comunidade Couchsurfing -uma rede social onde pessoas oferecem abrigar viajantes em suas casas- são os preferidos. Além de mais baratos, eles facilitam a interação com outros viajantes e até com os locais.

Outra vantagem é que na maioria desses lugares, a cozinha é liberada, e fazer a própria comida ajuda a diminuir os custos. Uma vantagem em locais como a Europa, onde restaurantes, mais caros, costumam entrar na lista proibida dos viajantes econômicos.